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FUTEBOL
Equipe atende a pedidos de Picerni e alcança sua melhor posição no ranking de desarmes do Brasileiro desde 1993
"Pegador", Palmeiras enfrenta o Cruzeiro
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde o início da temporada o
técnico Jair Picerni tem repetido o
discurso de que o Palmeiras precisa melhorar a "pegada" e aliar
isso à técnica de time grande.
E, cinco rodadas depois do início do Brasileiro, o time do Parque Antarctica, que hoje entra em
campo para enfrentar o Cruzeiro,
às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte, está entre os maiores "pegadores" da competição nacional.
Com média de 138,6 desarmes
por partida, de acordo com números do Datafolha, o Palmeiras é
a segunda equipe que mais recupera a bola no Nacional.
Está atrás somente do Internacional (139,8 desarmes) -legítimo representante da escola gaúcha de futebol, conhecida pelo estilo aguerrido na marcação.
A eficiência no fundamento
neste Nacional fez o Palmeiras alcançar um feito. É sua melhor colocação no ranking de desarmes
do Datafolha desde que o instituto passou a divulgá-lo, em 1993.
Antes do time de Picerni, o Palmeiras mais "pegador" havia sido
o comandado pelo técnico Marco
Aurélio Motta, em 2000, na Copa
João Havelange. Naquele ano, o
clube foi o terceiro que mais desarmou (136,3 por jogo).
Em relação ao Campeonato
Paulista, o Palmeiras conseguiu
aumentar o número de desarmes.
No Estadual, entre os 21 participantes, a equipe paulista foi apenas a oitava que mais roubou a
bola (média de 134 por partida).
"Todos têm melhorado muito
nisso", elogia Picerni.
"É importante marcarmos forte
para sairmos bem para o jogo e
nos aproveitarmos do nosso contra-ataque, que é rápido", avalia o
volante Magrão, um dos principais ladrões de bola do Palmeiras,
com média de 10,7 por confronto.
Para o jogador, que hoje será
um dos incumbidos de suprir a
ausência de Marcinho -o principal desarmardor da equipe, com
19,2 por partida, está suspenso-,
a explicação na melhora do índice
palmeirense está na cooperação
entre os volantes.
"Às vezes um se sacrifica mais
do que o outro. Fica mais atrás para tomar a bola. Aí, sempre tem
um jogador livre", explica.
Porém a melhoria no desarme
teve um preço. Se no Paulista o
Palmeiras foi um dos times menos faltosos -com média de 22,7
infrações ocupava a 19º posição
no ranking- no Nacional está na
parte de cima dos que mais batem. Está em sétimo lugar. Sua
média (26,5) é maior que a média
geral da competição (24,2).
A eficiência dos marcadores
palmeirenses passará por uma
dura prova em Minas Gerais.
O Cruzeiro é um time que costuma tocar muito a bola e driblar
pouco, o que dificulta a marcação.
O clube mineiro tem o passe
mais preciso do Brasileiro, com
aproveitamento de 87,7% e tenta
apenas 16,2 dribles por confronto
-é o nono mais driblador.
NA TV - Globo (só para SP) e
Record (só para São Paulo e
Fortaleza), ao vivo, às 16h
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