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OITAVAS/ AMANHÃ
Pela 1ª vez, dois países da região atingem 2ª fase em Copa fora de seus limites
Norte da América vê melhor momento com México x EUA
DO ENVIADO A SEOGWIPO
Já que o futebol do norte da
América resolveu aparecer, chegou a hora de decidir quem vai
comandar a turma.
Para decidir isso, o México e os
EUA vão a campo na próxima
madrugada, em Jeonju (Coréia do
Sul), num confronto que reúne as
duas equipes que dominaram historicamente o futebol por lá.
"Temos uma grande rivalidade
com eles. É ótimo para a Concacaf", afirma o técnico do México,
Javier Aguirre, numa referência à
confederação que reúne as seleções dos países das Américas
Central e do Norte.
Por outro lado, é uma pena para
a região, que verá uma equipe sua
eliminando a outra no Mundial
em que seus times alcançaram
um destaque único.
A Concacaf nunca havia conseguido classificar duas seleções para a segunda fase numa Copa disputada fora de seu quintal -a
única vez que isso acontecera anteriormente foi em 1994, quando
os EUA, palco do torneio, passaram ao lado dos mexicanos.
Quando os americanos receberam sua primeira Copa, o México
já havia hospedado duas (1070 e
1986) -tornara-se, inclusive, o
primeiro país a fazer isso.
Foi a partir de 1994 que os americanos começaram a equilibrar
uma balança que, historicamente,
pendia a favor do vizinho, até então absoluto como dono da bola
na região acima do Panamá.
Se um ano antes daquele Mundial os EUA perderam por 4 a 0
para os vizinhos, um ano depois
quem fazia 4 a 0 eram eles.
A contagem geral do confronto
ainda está em 29 vitórias do México e oito dos EUA. Mas, desde a
Copa de 1998, as coisas têm sido
invertidas -as duas seleções se
enfrentaram sete vezes, e a vantagem é americana, quatro vitórias
contra três do rival.
Neste Mundial, quem começou
melhor foram os mexicanos, que
terminaram em primeiro lugar
num grupo que tinha a tricampeã
Itália. "Eles têm jogado muito
bem neste torneio", elogiou o técnico dos EUA, Bruce Arena.
A equipe americana impressionou na estréia ao vencer Portugal,
mas não manteve o ritmo e acabou em segundo lugar em sua
chave, com uma derrota por 3 a 1
para a Polônia anteontem.
Contra o México, os EUA terão
dois desfalques na defesa: Agoos e
Hejduk, o primeiro contundido, o
segundo suspenso.
O México deve estar completo
para tentar mudar aquela que talvez seja a mais incômoda das vantagens que tem o vizinho.
Com 11 Copas nas costas, quase
o dobro que os americanos, os
mexicanos ainda estão atrás de
um feito do rival: em 1930, o país
mais poderoso do mundo chegou
ao terceiro lugar da Copa. O melhor que os mexicanos conseguiram foi a sexta posição, nas duas
vezes em que jogaram em casa.
(ROBERTO DIAS)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 3h30 de segunda
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