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"Família", seleção diz que pode jogar mais
No desembarque, Fofão fala que equipe escondeu o jogo
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Após mais de 38 dias de convívio e viagens, a seleção heptacampeã do Grand Prix desembarcou ontem em São Paulo.
Jogadoras e comissão técnica
exaltaram a concentração do time na quadra e a união fora dela. Para quem se encantou com
o vôlei mostrado pela equipe
durante a fase final no Japão,
talvez seja possível ver a equipe
impressionar ainda mais.
"Nosso time é muito versátil
e permite uma variação grande
de jogadas. Mas guardamos um
pouco para evitar que os rivais
nos marquem. Treinamos de
um jeito e jogamos de outro.
Tentamos fazer um jogo mais
simples, mas eficiente", afirmou a levantadora Fofão.
Todas as jogadoras, porém,
apontaram falhas que o time
tem de superar e destacaram a
concentração mostrada pela
equipe durante todo o torneio.
A seleção contou pela primeira vez com a ajuda da psicóloga Sâmia Hallage durante
uma competição. Após as derrotas na semifinal de Atenas-04 e nas decisões do Mundial-06 e do Pan-07, o controle emocional do grupo ganhou mais
destaque e atenção.
"A gente não combinou, as
jogadoras foram dando entrevistas e, quando vimos, as palavras em comum eram foco,
concentração. Foi o GP mais
longo que disputei, e pareceu o
mais curto", afirmou Fabi.
"Essa geração já foi muito sacrificada. Claro que temos que
responder com empenho e
conquistas, mas gostaria de ver
esse time sendo visto com um
olhar menos desconfiado",
completou a líbero brasileira.
A ponta Mari também ressaltou a postura contundente do
time. "Elas estavam jogando
um GP, nós, uma Olimpíada. O
grupo estava unido, fechado.
Eu fui eleita a melhor, mas, sem
elas, não teria conseguido."
O comportamento do grupo
também deixou o técnico José
Roberto Guimarães satisfeito.
"Esse está sendo um dos melhores grupos com que já trabalhei. Você vê nos olhos delas o
quanto estão focadas, atentas.
Além disso, formamos uma família. Foi nosso primeiro encontro do ano, e a convivência
foi ótima", disse o treinador,
que tem de cortar duas atletas
até o fim desta semana.
Após alguns dias de folga, em
que terão de fazer musculação
como lição de casa, a seleção se
reapresenta na segunda-feira,
no CT de Saquarema, no Rio.
Após a atuação destacada de
Thaisa, segundo melhor bloqueio do GP, Carol Gattaz deve
perder a vaga no meio da rede.
A última atleta será escolhida
entre Joycinha e Valeskinha,
esta última mais versátil. "Vai
ser um sofrimento muito grande", resumiu Zé Roberto.
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