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Valdivia diminui déficit palmeirense
Clube vai utilizar os R$ 18 milhões da transação com os árabes do Al Ain para quitar dívidas de empréstimos bancários
Diretoria já adiantou que não pretende contratar ninguém para repor saída de meia, responsável direto pelo fim do tabu de títulos
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Com cerca de R$ 18 milhões
líquidos na mão, o Palmeiras
acertou a transferência do meia
Valdivia para o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Falta
apenas o jogador assinar o contrato com a nova equipe.
O clube espera quitar as dívidas contraídas de empréstimos
bancários, que, segundo o balancete de junho, somam quase
R$ 19 milhões. No total, o rombo do clube é de R$ 76 milhões.
O valor da negociação do
meia chileno com o time árabe
ficou próximo dos 9 milhões
(cerca de R$ 21,5 milhões).
Descontados os impostos e a
porcentagem dos investidores
da Cesta de Atletas, um fundo
de investimentos privado criado pelo Palmeiras, o restante
será integralmente utilizado
no pagamento de débitos.
Somente do banco Banif, o
clube paulista pegou mais de
R$ 9,4 milhões. Do Bradesco,
foram mais R$ 7,6 milhões.
Anteontem, o gerente de futebol do clube, Toninho Cecílio, já havia adiantado que o dinheiro adquirido da venda de
Valdivia não seria empregado
na contratação de atletas. "Estamos confiantes no grupo que
temos", afirmou Cecílio.
Pela transação, o agora ex-camisa 10 do Palmeiras receberá US$ 1 milhão (R$ 1,6 milhão)
no ato. São quatro anos de vínculo com o Al Ain, que recentemente também contratou o
atacante André Dias, ex-Vasco.
Além da cláusula de preferência ao Palmeiras, caso o
meio-campista seja vendido
pelos árabes, o clube brasileiro
também exigiu no contrato
porcentagem sobre uma futura
negociação do chileno.
Trazido do Colo Colo em
2006 por cerca de R$ 6 milhões, Valdivia só engrenou no
ano passado, quando se destacou mesmo nos seguidos fracassos do técnico Caio Júnior.
O time não se classificou às
finais do Paulista, foi eliminado
na segunda fase da Copa do
Brasil e terminou o Brasileiro
em sétimo, fora da zona classificatória à Libertadores. Em
compensação, ele foi eleito o
melhor meia-esquerda do Nacional em eleição da CBF.
O chileno ratificou a condição de ídolo da torcida com a
conquista do Paulista-08, troféu que o clube não erguia desde 1996. Valdivia foi decisivo
nos clássicos contra os rivais e
terminou o torneio com nove
gols, incluindo um marcado na
final diante da Ponte Preta.
Rotulado de "chorão" devido
às freqüentes reclamações contra os árbitros -que lhe renderam outra fama, a de indisciplinado-, o meia eternizou a ira
dos rivais comemorando seus
gols no estilo "chororô".
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