São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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BASQUETE

Seleção cai pela 4ª vez e cumpre seu pior papel

Eliminado na 1ª fase, time tem mais fraca campanha olímpica

BRASIL
Encara Belarus para se despedir com ao menos uma vitória, às 5h45 de amanhã

DO ENVIADO A PEQUIM

A seleção feminina perdeu mais uma ontem, desta vez para a Rússia, e não tem mais chance de classificação aos mata-matas do torneio olímpico de basquete. A equipe foi derrotada por 74 a 64, em seu quarto revés, e já ostenta a pior campanha olímpica de sua história.
Para evitar vexame maior, o Brasil pega Belarus, às 5h45 de amanhã. A seleção nunca encerrou o torneio olímpico sem ganhar ao menos uma vez.
Mas, mesmo que ganhe, terá feito sua participação mais fraca, tanto em colocação (no máximo nona) como em aproveitamento nas partidas (20%).
Em Barcelona-92, o Brasil ficou em penúltimo lugar, colocação que o atual grupo ainda pode evitar. No entanto, na época, o torneio era disputado por apenas oito seleções. Em compensação, aquela equipe obteve aproveitamento de 40% -duas vitórias em cinco jogos.
Se o feminino ostenta campanha vexatória, o masculino está em patamar ainda pior.
O time não disputa a Olimpíada desde os Jogos de Atlanta-96. E, no Mundial do Japão-06, terminou em 17º lugar, sua pior posição na história.
Ontem, a seleção feminina voltou a repetir o enredo de suas derrotas anteriores. Precisando da vitória, a equipe brasileira começou melhor.
Adrianinha fazia boa distribuição de jogadas, e os arremessos de três pontos caíam. No primeiro tempo, a equipe registrou 75% de aproveitamento nesse fundamento.
Administrando o placar, a seleção fechou a primeira metade do jogo vencendo por 45 a 31.
Na segunda etapa, o técnico Paulo Bassul deu descanso para suas principais atletas. As reservas não conseguiram manter o ritmo, e a Rússia passou à frente. As cestas de três pontos do Brasil passaram a não cair. E, com um time mais alto e forte, a Rússia obteve 47 rebotes, contra 28 das brasileiras.
Sem muitas opções de arremessos, o Brasil dependia excessivamente da pontaria da armadora Adrianinha, cestinha do jogo, com 21 pontos.
O problema é que a Rússia contava com mais opções ofensivas. Quatro atletas terminaram com mais de dez pontos.
"Não sei o que pode ter acontecido de errado durante o jogo. Acho que o time lutou até o final", lamentou a ala-pivô Êga.
Para Bassul, a renovação drástica deu pouca possibilidade para a seleção em Pequim. "Enfrentamos uma situação complicadíssima: assumir uma equipe um ano antes da Olimpíada e trocando cinco, seis jogadoras que eram referência", analisou o treinador.
Bassul lembrou que o Brasil abrigou duas competições importantes, o Mundial-06 e o Pan-07, que fizeram adiar a renovação no time nacional.
"Normalmente essas mudanças você faz no final de um ciclo olímpico. Mas fizemos às vésperas da Olimpíada", disse ele.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)



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