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BASQUETE
Seleção cai pela 4ª vez e cumpre seu pior papel
Eliminado na 1ª fase, time tem mais fraca campanha olímpica
BRASIL
Encara Belarus para se despedir com ao menos uma vitória, às 5h45 de amanhã
DO ENVIADO A PEQUIM
A seleção feminina perdeu
mais uma ontem, desta vez para a Rússia, e não tem mais
chance de classificação aos mata-matas do torneio olímpico
de basquete. A equipe foi derrotada por 74 a 64, em seu quarto
revés, e já ostenta a pior campanha olímpica de sua história.
Para evitar vexame maior, o
Brasil pega Belarus, às 5h45 de
amanhã. A seleção nunca encerrou o torneio olímpico sem
ganhar ao menos uma vez.
Mas, mesmo que ganhe, terá
feito sua participação mais fraca, tanto em colocação (no máximo nona) como em aproveitamento nas partidas (20%).
Em Barcelona-92, o Brasil ficou em penúltimo lugar, colocação que o atual grupo ainda
pode evitar. No entanto, na
época, o torneio era disputado
por apenas oito seleções. Em
compensação, aquela equipe
obteve aproveitamento de 40%
-duas vitórias em cinco jogos.
Se o feminino ostenta campanha vexatória, o masculino
está em patamar ainda pior.
O time não disputa a Olimpíada desde os Jogos de Atlanta-96. E, no Mundial do Japão-06, terminou em 17º lugar, sua
pior posição na história.
Ontem, a seleção feminina
voltou a repetir o enredo de
suas derrotas anteriores. Precisando da vitória, a equipe brasileira começou melhor.
Adrianinha fazia boa distribuição de jogadas, e os arremessos de três pontos caíam.
No primeiro tempo, a equipe
registrou 75% de aproveitamento nesse fundamento.
Administrando o placar, a seleção fechou a primeira metade
do jogo vencendo por 45 a 31.
Na segunda etapa, o técnico
Paulo Bassul deu descanso para
suas principais atletas. As reservas não conseguiram manter o ritmo, e a Rússia passou à
frente. As cestas de três pontos
do Brasil passaram a não cair.
E, com um time mais alto e forte, a Rússia obteve 47 rebotes,
contra 28 das brasileiras.
Sem muitas opções de arremessos, o Brasil dependia excessivamente da pontaria da
armadora Adrianinha, cestinha
do jogo, com 21 pontos.
O problema é que a Rússia
contava com mais opções ofensivas. Quatro atletas terminaram com mais de dez pontos.
"Não sei o que pode ter acontecido de errado durante o jogo.
Acho que o time lutou até o final", lamentou a ala-pivô Êga.
Para Bassul, a renovação
drástica deu pouca possibilidade para a seleção em Pequim.
"Enfrentamos uma situação
complicadíssima: assumir uma
equipe um ano antes da Olimpíada e trocando cinco, seis jogadoras que eram referência",
analisou o treinador.
Bassul lembrou que o Brasil
abrigou duas competições importantes, o Mundial-06 e o
Pan-07, que fizeram adiar a renovação no time nacional.
"Normalmente essas mudanças você faz no final de um
ciclo olímpico. Mas fizemos às
vésperas da Olimpíada", disse
ele.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
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