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Câmeras de R$ 72 mil tiram fotos na água
DA REPORTAGEM LOCAL
A superexposição da natação
olímpica em Pequim -com seguidos recordes mundiais e o
fenômeno Michael Phelps-
criou um aparato tecnológico
para captar imagens de atletas
em seu habitat: dentro d'água.
Desde Atenas-2004, fotógrafos implantaram câmeras submersas que são manipuladas da
tribuna de imprensa. São equipamentos de 5 kg, avaliados em
30 mil (R$ 72 mil), criados
por uma empresa européia.
O processo de obtenção das
imagens começa na véspera do
evento. Fotógrafos mergulham
com as câmeras e as instalam
presas às paredes da piscinas.
Durante o dia, fazem ajustes
após a manhã.
Essas câmeras ficam conectadas por cabos a laptops e aparelhos na tribuna de imprensa.
De lá, os fotógrafos têm botões
para direcioná-las, fazer foco
automático e tirar as fotos.
A maioria das equipes de fotógrafos das agências internacionais usa dois tipos de lentes:
objetiva (para obter maior alcance) e grande angular (para
ampliar o ângulo da imagem).
Por meio do cabo, que envia
as ordem às câmeras, as imagens chegam aos computadores na tribuna de imprensa, onde podem ser editadas.
"Em geral, tiramos entre 300
e 400 fotos por dia. Mandamos
entre 10 e 20 para a edição",
contou o fotógrafo François
Marit, da France Press.
Há uma disputa entre os jornalistas por lugares nas raias 4
e 5, onde se postam os nadadores com os melhores tempos.
Phelps, maior alvo dos profissionais, costuma nadar na 4.
A aparelhagem atual representa uma evolução técnica em
relação a Atenas-2004. Uma
empresa européia instalou aço
inoxidável em volta das câmeras, o que permite acomodar
mais de uma lente e vedar a entrada de água.
"É bastante confiável. Nunca
entrou água", contou Marit.
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