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FUTEBOL
Amistoso vê sequência de tabu do clube contra o Brasil e volta de Vampeta
Robinho mantém rotina, e
sub-23 bate o Corinthians
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Robinho trocou de camisa, mas
não de fama. Com a 11 amarela e
um gol em posição irregular, ele
abriu caminho para a vitória da
seleção brasileira sub-23 por 2 a 0,
no amistoso de ontem, e manteve
o rótulo de algoz do Corinthians.
O santista jogou em São José do
Rio Preto sem o número 7, que
costuma usar em seu clube, porque ontem ele ficou com Marcinho, outro carrasco corintiano.
O meia-atacante deu o passe para Robinho, livre, chutar e abrir o
placar, aos 23min de jogo. No momento do passe, o santista estava
impedido, mas o árbitro Sálvio
Spindola Fagundes Filho nada
marcou. "[Contra o Corinthians]
vale até gol de mão, o que importa
é que o juiz deu", disse o atacante.
Ele afirmou que não vai deixar
de vibrar caso marque contra o
Santos, na terça. "Comemorarei e
muito, será um gol pela seleção."
Pelo São Caetano, Marcinho já
tinha feito uma assistência (para
Capixaba) na partida anterior
contra seu ex-clube -vitória por
3 a 0, no estádio do Pacaembu.
Robinho também repetiu o que
fez no último jogo entre Santos e
Corinthians, no Brasileiro -ele
havia marcado o primeiro gol de
sua equipe, que venceu por 3 a 1.
Com a vitória da seleção, ele
manteve o aproveitamento 100%
contra os corintianos. Foram seis
vitórias em seis confrontos. Pelé,
maior algoz do Corinthians, colecionou duas vitórias, dois empates e duas derrotas em suas primeiras partidas com o rival.
Antes de balançar a rede ontem,
Robinho havia perdido um duelo
com o lateral Moreno. Por cerca
de 30 segundos, ele ameaçou driblar o rival, que apenas parou na
sua frente e evitou as firulas.
Aos 32min, a seleção aumentou
a diferença. Após uma cobrança
de falta do lateral-esquerdo Maxwell, do Ajax (Holanda), o zagueiro Edu Dracena fez de cabeça.
Dois minutos depois, Robinho
poderia ter feito estrago maior.
Doni entregou a bola nos pés do
santista, que preferiu passá-la a
chutar a gol. Não foi só Doni que
facilitou para Robinho. No segundo tempo, Anderson errou um
passe e entregou a bola para o rival, que driblou Doni e se deu ao
luxo de ficar parado na área, antes
de a defesa afastar a bola.
Enquanto Robinho deixou o
campo, aos 25min da etapa final,
substituído por Nenê, aplaudido e
comemorando, os corintianos
mantiveram o tabu de não vencer
jogos contra a seleção brasileira.
Antes, a equipe tinha perdido de
5 a 0 para o Brasil, com Pelé em
campo, no último jogo antes da
Copa de 58. Em 1925, em outro
amistoso, o clube empatou em
um gol diante do time nacional.
Para os corintianos, o jogo marcou a volta de Vampeta, que ficou
quase oito meses se recuperando
de cirurgia no joelho. Ele jogou
todo o segundo tempo. "Foi bom
voltar, eu sempre quis jogar."
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