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Canadá passa Brasil e é virtual 3º colocado
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
O sonho da terceira colocação
geral praticamente acabou. Ontem, no penúltimo dia do Pan de
Santo Domingo, os canadenses
conquistaram três ouros a mais
que os brasileiros e assumiram o
posto que mantêm há 44 anos.
O Canadá tem 29 ouros, um a
mais que o Brasil. O desfecho sai
hoje, com o único evento do dia e
o último do Pan, a prova masculina de resistência do ciclismo.
Como tem menos medalhas de
pratas do que o rival da América
do Norte, a delegação do COB
precisa de uma inédita vitória hoje para empatar em ouros e torcer
para ganhar no tapetão o revezamento 4 x 100 m do atletismo.
Como a Odepa anunciou ontem, após se reunir com Carlos
Arthur Nuzman, presidente do
COB, que a definição do vencedor
da prova só sai em 30 setembro, o
Brasil não tem como encerrar hoje em terceiro no geral, posto que
mantinha desde o dia 10.
A reação dos canadenses concretizou-se nos dois últimos dias.
Iniciaram anteontem seis ouros
atrás do terceiro colocado e, ao
obter seis ouros, ficaram a apenas
duas vitórias do Brasil, que venceu só no futebol e na natação.
Ontem o cenário foi novamente
favorável aos canadenses, cujos
dirigentes ressaltavam que o calendário reservara para os últimos
dias do Pan modalidades nas
quais o país tem mais força.
Entre elas estava a canoagem,
que, no entanto, foi benéfica para
o Brasil, graças ao ouro no K-2
500. O Canadá teve cinco pódios
em sete provas, mas não venceu.
No esqui aquático as previsões
se confirmaram, o país ganhou
três das seis provas do dia e empatou em terceiro em ouros. Na natação, à noite, mais uma vitória.
Encerrar um Pan atrás apenas
de EUA e Cuba foi a meta anunciada pelo COB para a próxima
edição do evento, no Rio-07. Para
Santo Domingo, a entidade dizia
querer superar 1999 em pódios e
ouros, objetivos já alcançados.
Decisão no atletismo
O ouro no 4 x 100 m será definido pelo Comitê Executivo da
Odepa, em reunião no Rio. Até o
encontro, a medalha de ouro ficará em suspenso, sem dono.
Os EUA venceram o revezamento, à frente do Brasil, mas um
de seus atletas, Mickey Grimes, foi
pego no antidoping para efedrina
em prova realizada três dias antes,
os 100 m, que ele também ganhou.
Ontem, o presidente da Odepa,
Mario Vazques Raña, após reunião com o COB sobre o assunto,
afirmou que, mesmo ciente de
que a decisão final cabe à sua entidade, tem de respeitar as regras e
esperar uma posição oficial da
Iaaf, porque pretende respeitá-la.
A Iaaf disse à Folha que, por ela,
os EUA mantêm o ouro, pois Grimes já foi punido com a desclassificação na prova em que testou
positivo e uma advertência, conforme previsto em suas regras.
Até lá, segundo Nuzman, o COB
não computará o ouro para o Brasil. ""Em nosso quadro de medalhas, nunca colocamos o ouro como se fosse do Brasil. Tenho certeza de que ele será, mas vamos
esperar a decisão final e a oficialização da Odepa."
(EO, GR E JCA)
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