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Camisa do Barcelona é talismã de Ronaldinho
DO PAINEL FC
Preferido dos paulistanos que
se interessam muito por futebol,
Ronaldinho leva no uniforme um
trunfo na luta para ser o melhor
do mundo pela primeira vez.
A camisa azul e grená do Barcelona é o ponto comum entre os
brasileiros que chegaram ao topo
do mundo. Romário (1994), Ronaldo (1996) e Rivaldo (1999) ganharam o prêmio da Fifa quando
defendiam o clube catalão. Desde
1991, quando a entidade que dirige o futebol mundial criou o título, o Barcelona colocou atletas entre os três finalistas sete vezes.
Dono de um dos maiores estádios da Europa (capacidade para
quase cem mil pessoas), rico e poderoso nos bastidores (integra o
G14, grupo dos times mais importantes do velho continente), o clube é sinônimo de exposição.
Tanto que os quatro Rs só viraram celebridade mundial quando
vestiram sua camisa, que segue
sem patrocinador numa época
em que cada vez mais os uniformes geram receitas para os times.
Romário e Ronaldo, que saíram
do Brasil para tentar a sorte no
PSV Eindhoven (Holanda), só ganharam status de estrela na cidade catalã. Rivaldo, depois do sucesso no Deportivo La Coruña
(Espanha), atingiu o auge de sua
carreira no Barcelona. O mesmo
acontece com Ronaldinho, que
teve boa passagem pelo Paris
Saint-Germain (França) antes de
virar "rei da Catalunha".
Todos os Rs chegaram a Barcelona com contratos milionários
-negócios de mais de US$ 20 milhões. A fanática torcida do clube,
que costuma lotar o Camp Nou,
recebe o brasileiro como ídolo.
Desde Evaristo de Macedo, o time
tem tradição de contar com atletas do país em seu elenco. Hoje,
são seis: Ronaldinho, Sylvinho,
Edmílson, Thiago Motta, Belletti e
Deco (naturalizado português).
O clima de Barcelona, mais
quente que na maior parte da Europa, facilita a adaptação do brasileiro. Nos casos de Romário, Ronaldo e Ronaldinho, a vida noturna agitada também foi vista como
crucial para a ambientação.
Nos bastidores, a relação também é estreita. Sandro Rossell, homem-forte do futebol do clube, é
amigo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ex-funcionário da
Nike, costuma acompanhar a seleção nos amistosos pelo mundo.
Rossell é fã de Ronaldinho e se
empenhou pessoalmente com o
presidente do clube, Joan Laporta, para manter o atleta na equipe
nesta temporada.
O camisa 10 é o maior ídolo da
torcida catalã. Em sua chegada,
em julho do ano passado, 20 mil
fãs viram seu primeiro treino. O
estoque de camisas do clube com
o nome do gaúcho esgotou.
Ronaldinho tem uma explicação para seu sucesso: "Aqui é
muito parecido com o futebol
brasileiro. Há muita habilidade".
No amistoso entre o Brasil e a
seleção da Catalunha, em maio,
ele foi o mais ovacionado. Com
salário de cerca de 4,5 milhões/
ano, o ex-jogador do Grêmio tem
contrato até 2008. E, se depender
da cúpula do clube, não sai da Espanha tão cedo.
(FM)
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