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MEMÓRIA
Veterano das duas guerras mundiais correu GP aos 55
DA REPORTAGEM LOCAL
Fato raro na F-1, há recordes que Michael Schumacher não baterá: os da idade.
Em Interlagos, ele se tornará apenas o 250º piloto
mais velho a disputar um
GP. Uma diferença abismal,
de 20 anos, separa o ferrarista do recordista do ranking.
Ex-combatente das duas
guerras mundiais, Louis
Chiron tinha 55 anos quando levou seu Lancia ao grid
de Mônaco de 55. Em casa, o
monegasco ficou em sexto.
Chiron ainda tentou ampliar seu recorde. Em 56 e 58,
buscou, sem sucesso, classificar um Maserati para a corrida do principado. Tinha,
na última tentativa, 58 anos.
Na lista dos pilotos mais
velhos da F-1, os 18 primeiros disputaram Mundiais na
década de 50. Não é coincidência. À época, esse era o
perfil da categoria: uma reunião de veteranos, com bagagem de décadas competindo em provas de estrada.
"As exigências eram diferentes. Dá até para dizer que
era outro esporte", diz o preparador Vanderlei Pereira.
"A velocidade era outra, o
nível de aderência era outro.
Naquela época, os pilotos
freavam 200 metros antes da
curva. Agora, com os freios
de carbono, os pilotos estão
submetidos a freadas e aceleradas bruscas. Isso aumenta o desgaste físico e exige
uma super concentração."
Schumacher ainda teria
que correr até 2015 para superar Juan Manuel Fangio e
se tornar o mais velho campeão da história. E precisaria
ganhar uma prova em 2022
para bater Luigi Fagioli, até
hoje o mais veterano a vencer na categoria -tinha 53.
O alemão pode, porém,
tornar-se recordista de rodagem. Hoje, já é o segundo do
ranking e, com mais três
Mundiais, baterá os 256 GPs
de Riccardo Patrese.
(FSX)
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