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FUTEBOL
Força G
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
G - 7, G-8, G-14, G-18...
Está meio na moda agora
usar composições como essas para
destacar uma sociedade de poderosos, um grupo seleto de clubes.
G-14, quase todo mundo sabe, é
o nome do organismo que reúne
os times mais ""mais" da Europa
(mundo). Mas na última semana
foi definido o G-16 do continente,
os 16 que avançaram à segunda
fase da Copa dos Campeões (o
mais ""mais" dos interclubes).
Dentro desse G-16, destaca-se
um G-11, um grupo de elite formado pelos membros do G-14 que
não foram vitimados por acidentes futebolísticos, como os ótimos
Bayern de Munique e Liverpool.
No Grupo A, tem Barcelona, Inter de Milão e Bayer Leverkusen.
O Grupo B conta com Ajax, Valencia e Arsenal. Já o Grupo C
reúne Real Madrid, Milan e Borussia Dortmund. O D, o menos
""mais" dos quatro grupos, mostra
Juventus e Manchester United.
Isso é um resumo das chaves da
segunda fase -apenas com os
mais poderosos citados. Roma,
Newcastle, Lokomotiv, La Coruña e Basel são os ""patinhos feios".
O G-14 comemorou a expressiva
participação de seus sócios na fase aguda da Copa dos Campeões.
Na temporada passada, jogaram
na segunda fase ""apenas" sete
membros do G-14 (sem contar outros dois que entraram para o nobre clube somente neste ano).
Arsenal, Bayer Leverkusen,
Lyon e Valencia foram os clubes
admitidos nos últimos meses no
G-14. Desses, só o Lyon rodou na
mais ""mais" das ligas -isso porque estava em chave com Inter e
Ajax, dois fundadores do G-14,
que na verdade são do G-8 (os oito times com mais títulos europeus se uniram e lançaram a
idéia do rico clã clubístico).
A força dessa poderosa organização não é de todo conhecida
ainda (aqui a questão é fora das
""quatro linhas"). Em uma seção
""perguntas e respostas" criada
pelo próprio grupo, lê-se que ""os
clubes do G-14 exprimiram claramente a sua recusa à criação de
uma competição fora das estruturas oficiais (Superliga), respeitam
a autoridade da Uefa e, inversamente, contam que esta autoridade se possa exercer respeitando os
seus pontos de vista (os do G-14)".
Em outro ponto, o G-14 assume
sem problemas que as suas ações
são mesmo uma forma de lobby.
Os grandes estão dando mesmo,
em campo e fora dele, as cartas (e
carteirinhas de sócios, se for conveniente). A chance de surpresas é
cada vez menor (se acontecer, como ocorreu com Valencia e Bayer
Leverkusen recentemente, o número de sócios deverá sofrer novo
aumento já na outra temporada).
Parte da imprensa tem destacado um G-2 no Grupo C. Pela infinidade de craques de Real Madrid e Milan, a chave deles seria o
Grupo da Morte. Dizer isso é uma
bobagem na atual fase da Copa
dos Campeões (a chance de sobrevivência em qualquer grupo não é
muito grande). Bobagem por bobagem, o Grupo B pinta como o
mais imprevisível, com quatro
equipes entrando com chances
bem parecidas (a Roma não é do
G-14, mas impõe hoje um respeito
tão grande como se fosse).
Infelizmente, a cobertura do futebol internacional (até da Copa
dos Campeões, tão cheia de alternativas) está criando um G-1 (o
Real Madrid escandalosamente
monopoliza as transmissões de
TV). Mais do que nunca, o que está valendo é a lei do mais forte.
G-1, G-2, G-8, G-11, G-14, G-18.
Alguém terá força suficiente para
desafiar e derrotar esse império?
C
Por aqui, o Clube dos 13 (C13 que hoje é um C20) vê hoje, meio passivo, cinco de seus sócios correrem contra o rebaixamento.
E
Sobre a força do Etna, tema da coluna passada, um amigo fanático
pelo calcio lembra que o Catania, o clube que fica mais perto do
vulcão, está bastante ameaçado de cair para a Série C na Itália.
K
Propostas por Kaká: Brescia (US$ 12,5 milhões à vista) e Bayer Leverkusen (US$ 14 milhões, em duas vezes). Nada feito.
S
A Sul-Americana está tentando, mas é bem difícil ""vender" a final
da primeira e única Copa Sul-Americana. Nacional de Medellín e
San Lorenzo passaram por Nacional e Bolívar e disputam a taça.
E-mail: rbueno@folhasp.com.br
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