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FUTEBOL
Atletas enfrentam Paraná e ressaca da eliminação na Copa do Brasil
São Paulo joga contra abatimento no Nacional
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo começa hoje a priorizar o Brasileiro, contra o Paraná.
Quase recuperado. Quase preparado para a recepção da torcida.
O time do "quase", como definiu o meia Ricardinho por causa
das recentes desclassificações do
São Paulo em mata-matas, teme
por uma "reestréia" traumática.
Ainda sem técnico titular, os jogadores disseram que não estão
recuperados da derrota para o
Goiás na quinta. Não houve nenhum coletivo para o jogo. Roberto Rojas preferiu conversar e
dar um treino recreativo.
Os atletas também estão receosos com a torcida, que, acreditam,
pressionará com mais veemência
após o tropeço na Copa do Brasil
e do consequente adiamento da
volta à Libertadores, torneio que
o time não disputa desde 1994.
"Pode esperar que só vai piorar.
E isso acabará se refletindo em
campo", disse o atacante Reinaldo, um dos mais vaiados pela organizada Tricolor Independente e
que irá deixar o clube no dia 31.
A pressa em se recuperar tem
relação com o regulamento do
Brasileiro: pontos corridos. E o
São Paulo iniciou esta rodada na
oitava posição, com 12 pontos.
Para voltar ao interclubes continental em 2004, precisa ficar entre
os três mais bem colocados.
Para isso tem a seu favor o histórico: o São Paulo está entre as
equipes que mais pontos marcaram em Nacionais -é a terceira,
atrás de Atlético-MG e Internacional. Mas o desempenho não é
o mesmo em mata-matas.
Só neste ano, já foram dois tropeços: contra o Goiás e no Paulista. Em 2002, foram três: no Brasileiro, na Copa do Brasil e no Rio-SP. A última vitória em torneios
de expressão com finais em ida e
volta foi no Rio-SP de 2001, quando o São Paulo bateu o Botafogo.
Os "quase" problemáticos se
explicam, segundo os jogadores,
com o tempo sem um título importante. "Há um ano o São Paulo
pára no quase", disse Ricardinho.
"A pressão vem de cima [diretoria] e da arquibancada. Se tivéssemos ganhado qualquer decisão
que perdemos, tudo seria mais fácil", afirmou Reinaldo.
O Datafolha analisou os números do São Paulo em alguns torneios dos quais o atacante falou.
Com Nelsinho Baptista (Rio-SP-02) e com Oswaldo de Oliveira
(Brasileiro-02 e Paulista-03), o time teve características parecidas.
Boa média de eficiência nos passes (superior a 85%) e de finalizações (mais de 15), mas deficiências defensivas -marcas entre as
piores dos campeonatos nos desarmes e média sempre superior
a um gol sofrido por confronto.
O Paraná busca sua primeira vitória como visitante para manter
a boa campanha -até o início
desta rodada era o quinto.
Nos lugares do atacante Renaldo, artilheiro do time, e do meia
Goiano, contundidos, entram
Flávio Guilherme e Emerson.
Colaborou Agência Folha
NA TV - Sportv, só para o
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