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Técnico quer dar equilíbrio ao ataque
DO ENVIADO A PIURA
Carlos Alberto Parreira quer
pôr hoje a seleção no eixo. Penso
para o lado esquerdo, o Brasil B
vai atrás do equilíbrio que é marca
dos times de seu treinador.
Enquanto a equipe estrelada
que lidera a disputa das eliminatórias mantém uma eqüidade entre os setores direito e esquerdo,
no Brasil da Copa América a supremacia é do lado canhoto.
Dos seis gols marcados pelo time até aqui, cinco tiveram origem
nos pés esquerdos de Gustavo
Nery e Alex. Só o gol de Luis Fabiano na derrota para o Paraguai
aconteceu pela direita.
Na opinião de Parreira, as jogadas brasileiras saem com mais
fluência pela esquerda por causa
do estilo de Gustavo Nery. "O
Gustavo tem mais facilidade para
se enfiar. É um jogador que não fica preso. Os dois lados têm liberdade para atacar. Isso acontece
naturalmente. Não adianta ficar
pressionando de um lado só."
Os jogadores prometem "endireitar" o time. "Vamos fazer o que
o Parreira nos pediu e equilibrar o
time", afirma Edu
Pode ser apenas coincidência,
mas é justamente no lado direito
que Parreira fará sua única alteração em relação ao time que imaginava ser o titular no Peru.
O ex-cruzeirense Maicon ganhou a posição de Mancini, que
não tem agradado à comissão técnica. Na avaliação de Parreira, o
jogador da Roma sentiu demais a
altitude e não conseguiu se adaptar à lateral direita -ele joga de
ala no time italiano e reconheceu
que ainda precisa de tempo.
O treinador disse que o fato de
Mancini ser mais conhecido no
exterior está atrapalhando os
avanços pela direita. "Com o
Mancini, o adversário se fecha
mais e libera para o Gustavo avançar. Mas o ideal é ter a possibilidade de atacar dos dois lados."
No eixo, a seleção B buscará
brecar a velocidade e o entrosamento dos "vovôs" mexicanos. O
time da América do Norte tem,
em média, 27 anos. O Brasil, três
anos mais jovem, tem no capitão
Alex, 27, seu atleta mais veterano.
"O México tem seis jogadores
de pelo menos 30 anos, que jogam
juntos há seis, sete anos. O time
deles tem um conjunto que ainda
não temos. Para ganhar a minha
cara, a seleção principal precisou
de um ano", disse Parreira.
(FM)
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