|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Duelo opõe Parreira, símbolo do "fair play", e Mário Sérgio, das faltas
Corinthians e São Caetano
fazem jogo "limpo e sujo"
DIOGO PINHEIRO
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
No Corinthians de Carlos Alberto Parreira, o "fair play" tem
sido uma marca. No São Caetano
de Mário Sérgio, o antijogo está
prosperando. Essa antítese entre
os dois técnicos deverá ser vista
hoje no duelo entre os clubes paulistas, às 16h, no estádio Anacleto
Campanella, pelo Brasileiro.
O jogo considerado duro sempre foi desprezado pelas equipes
comandadas por Carlos Alberto
Parreira, mas qualificou os times
dirigidos por Mário Sérgio.
Em 1993, o treinador do São
Caetano, então técnico de seu rival de hoje, chegou até a dizer que
se sentia "excitado" após testemunhar uma entrada violenta do
volante Zé Elias em um companheiro em um treino corintiano.
A "cara" de seus treinadores já
aparece em suas equipes neste
Brasileiro, mesmo com só duas
rodadas concluídas até agora.
Os corintianos são os que menos cometem faltas no torneio.
Segundo o Datafolha, o time da
capital tem média de 18 infrações
por partida. Já o rival do ABC é o
terceiro que mais faz infrações
(cerca de 36 por jogo) entre os 26
participantes do Nacional.
De certa forma, Parreira, que
tenta hoje a terceira vitória no
Brasileiro-2002, admite que o jogo violento de seu rival assusta. E
sentenciou: "Esse será um dos jogos mais difíceis da competição.
Apesar da mudança do treinador,
o São Caetano está mais forte. É
um time que não deixa jogar e
pressiona na marcação".
A receita de não fazer faltas,
aliás, foi fator decisivo na conquista corintiana do Torneio Rio-SP, em que o menor número de
cartões recebidos teve peso forte
no critério de desempate.
O clube do Parque São Jorge terminou como o menos faltoso do
interestadual, com média de 19,4
infrações por confronto.
Por outro lado, o time do ABC,
nas mãos de Mário Sérgio, acentuou a tendência da equipe em
bater nos adversários.
Enquanto no Brasileiro-2001, o
São Caetano de Jair Picerni ocupava apenas a 13ª colocação entre
os times mais violentos (com 27,2
faltas por jogo), o Atlético-PR,
que foi comandado por Mário
Sérgio até a décima rodada no
torneio, terminou entre os cinco
primeiros no fundamento. Com
ele, o time era o que mais batia,
com média superior a 30 faltas.
O retrospecto atual tem agradado ao técnico. Ele tem dito que o
"trabalho está muito bom" após
uma derrota e uma vitória.
Um sinal dos tempos é a reestréia no ABC do volante Magrão,
famoso pelos lances violentos
quando defendia o Palmeiras.
Do lado corintiano, se Parreira
prega o jogo limpo a seus jogadores, o sistema defensivo do time
tem tirado o sono do técnico.
"Vamos ter sempre problemas
quando jogarmos com três atacantes. O setor defensivo fica despovoado, mas é um risco que estamos correndo", disse Parreira.
NA TV - Globo (só para SP) e
Record, ao vivo, às 16h
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Dirigente diz ter três ofertas por Ricardinho Índice
|