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PAN-AMERICANO
Rio está na disputa
EUA já cantam vitória para abrigar Jogos-07
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
A uma semana da eleição da sede dos Jogos Pan-Americanos de
2007, que acontece no próximo
sábado durante reunião da Odepa
(Organização Desportiva Pan-Americana), a cidade americana
de San Antonio, a adversária do
Rio na disputa, já canta vitória.
"Não vou precisar se por pequena ou larga margem, mas nosso
levantamento aponta que temos
os votos necessários para vencer",
disse Bill Hanson, do comitê organizador da candidatura de San
Antonio, em contato por telefone
com a Folha na última semana.
O presidente do COB (Comitê
Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, preferiu não fazer
prognóstico. ""Não vou prever nada. Está sendo uma luta acirrada.
Mas é importante lembrar que os
EUA nunca perderam uma disputa por Olimpíada. E, nesse caso, estamos falando de uma cidade do Estado [Texas" em que o
atual presidente dos EUA [George
W. Bush" já foi governador."
Segundo Hanson, tentou-se
lançar mão de Bush como um
trunfo na candidatura de San Antonio. ""Convidamos o presidente
para prestigiar a eleição, mas as
chances de ele ir são mínimas."
Já o Brasil vai levar para a Cidade do México, onde será realizado
o encontro que definirá o escolhido, o ministro do Esporte e Turismo, Caio Luiz de Carvalho, para
reforçar a campanha do Rio.
Hanson diz que os contatos
com os delegados com direito a
voto têm sido constantes -a cada quinzena um membro do comitê fala com cada um deles.
"Ligamos para contar as novidades a respeito de nossa candidatura", justificou Hanson.
Em vez de priorizar o corpo-a-corpo, Nuzman prefere lembrar
que as apresentações oficiais da
candidatura do Rio desde agosto
-na assembléia da Odepa, no
congresso do COI na Malásia e
durante os Jogos da Comunidade
Britânica- causaram boa impressão. Todos ficaram surpresos
com o engajamento do prefeito
do Rio de Janeiro, César Maia.
Outra medida tomada pelo
COB para tornar mais atrativa a
candidatura do Rio foi oferecer
vantagens como o pagamento integral das passagens -geralmente ocorre de forma parcial-, uniformes para até 75 membros de
delegações e ingressos para os
atletas poderem assistir às competições de outras modalidades.
"Isso é legal. Mas o que as cidades oferecem nem sempre é decisivo. O maior trabalho acontece
nos bastidores", afirma Nuzman.
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