São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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GINÁSTICA ARTÍSTICA

Em Pequim, CBG e ministério se reúnem por Oleg

Para governo, resultados na Olimpíada não alteram o plano de manter o treinador ucraniano no Brasil

Técnico, cujo contrato com a seleção feminina acaba com o fim dos Jogos, irá tirar três meses de férias em sua terra natal antes de decidir se fica


DO ENVIADO A PEQUIM

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e o secretário de Alto Rendimento, Djan Madruga, reuniram-se em Pequim com a presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Vicélia Florenzano, para discutir a situação do técnico ucraniano Oleg Ostapenko.
O contrato do treinador com a CBG termina após os Jogos, mas a pasta já expressou o desejo de mantê-lo no Brasil.
""O que aconteceu [o fato de nenhum brasileiro ter ganhado medalha] não muda nada. Queremos que ele fique. A avaliação é que o trabalho foi positivo", declarou Madruga.
""A conversa com a Vicélia está muito boa e avançada. Além de manter o Oleg, queremos que a seleção permanente siga em Curitiba", complementou.
Ostapenko, que recebe US$ 8.000 por mês -parte do salário é paga pelo programa Solidariedade Olímpica do Comitê Olímpico Internacional-, também confirma que já teve contato inicial com o ministério.
Agora que seu contrato com a CBG se encerra, Ostapenko ficará três meses em férias na Ucrânia, onde visitará família e conhecidos. Porém ainda mantém vários vínculos com Curitiba, onde acaba, inclusive, de adquirir um apartamento.
O técnico já expressou sua intenção de permanecer no Brasil, mas não dirigindo a seleção nacional. O ucraniano pretende agora atuar na área de formação de treinadores, o que beneficiaria o trabalho de base.
Esse foi um dos temas abordados por Eliane Martins, supervisora da CBG, ontem, ao falar da situação da ginástica do país, que deixa a partir de agora de ter seleção permanente.
Como Vicélia está para deixar o cargo, resolveu passar para seu sucessor a decisão de manter ou não a seleção permanente de ginástica feminina.
""Se você for olhar o número de ginastas na China e nos EUA, nós fazemos milagres no Brasil. Temos um número limitado e temos de torcer para nada dar errado com esses poucos. É preciso um trabalho de base para ter quantidade."
Segundo ela, não estava nos plano deixar os Jogos sem pódio. ""Queríamos sair com pelo menos uma medalha, a do Diego [Hypólito, no solo]. E tínhamos a Daiane [dos Santos, no solo] e a Jade [Barbosa, no salto]. Não conseguimos, mas evoluímos de 2004 para cá."
Eliane aponta para a classificação pela primeira vez na história das brasileiras para a decisão por equipes, o avanço de colocação do país no individual geral (o décimo lugar de Jade) e representantes em três finais por aparelhos.0 (EDUARDO OHATA)

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