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GINÁSTICA ARTÍSTICA
Em Pequim, CBG e ministério se reúnem por Oleg
Para governo, resultados na Olimpíada não alteram
o plano de manter o treinador ucraniano no Brasil
Técnico, cujo contrato com a seleção feminina acaba com o fim dos Jogos, irá tirar três meses de férias em sua terra natal antes de decidir se fica
DO ENVIADO A PEQUIM
O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e o secretário de
Alto Rendimento, Djan Madruga, reuniram-se em Pequim
com a presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Vicélia Florenzano, para
discutir a situação do técnico
ucraniano Oleg Ostapenko.
O contrato do treinador com
a CBG termina após os Jogos,
mas a pasta já expressou o desejo de mantê-lo no Brasil.
""O que aconteceu [o fato de
nenhum brasileiro ter ganhado
medalha] não muda nada. Queremos que ele fique. A avaliação
é que o trabalho foi positivo",
declarou Madruga.
""A conversa com a Vicélia está muito boa e avançada. Além
de manter o Oleg, queremos
que a seleção permanente siga
em Curitiba", complementou.
Ostapenko, que recebe US$
8.000 por mês -parte do salário é paga pelo programa Solidariedade Olímpica do Comitê
Olímpico Internacional-, também confirma que já teve contato inicial com o ministério.
Agora que seu contrato com a
CBG se encerra, Ostapenko ficará três meses em férias na
Ucrânia, onde visitará família e
conhecidos. Porém ainda mantém vários vínculos com Curitiba, onde acaba, inclusive, de adquirir um apartamento.
O técnico já expressou sua
intenção de permanecer no
Brasil, mas não dirigindo a seleção nacional. O ucraniano pretende agora atuar na área de
formação de treinadores, o que
beneficiaria o trabalho de base.
Esse foi um dos temas abordados por Eliane Martins, supervisora da CBG, ontem, ao falar da situação da ginástica do
país, que deixa a partir de agora
de ter seleção permanente.
Como Vicélia está para deixar o cargo, resolveu passar para seu sucessor a decisão de
manter ou não a seleção permanente de ginástica feminina.
""Se você for olhar o número
de ginastas na China e nos
EUA, nós fazemos milagres no
Brasil. Temos um número limitado e temos de torcer para nada dar errado com esses poucos. É preciso um trabalho de
base para ter quantidade."
Segundo ela, não estava nos
plano deixar os Jogos sem pódio. ""Queríamos sair com pelo
menos uma medalha, a do Diego [Hypólito, no solo]. E tínhamos a Daiane [dos Santos, no
solo] e a Jade [Barbosa, no salto]. Não conseguimos, mas evoluímos de 2004 para cá."
Eliane aponta para a classificação pela primeira vez na história das brasileiras para a decisão por equipes, o avanço de colocação do país no individual
geral (o décimo lugar de Jade) e
representantes em três finais
por aparelhos.0
(EDUARDO OHATA)
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