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COPA 2002
Seleção parte hoje para etapa asiática da preparação para a Copa-2002
"Família Scolari" embarca rumo ao desconhecido
France Press
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Coreana exibe placa com a bandeira do Brasil em evento em Seul |
Time passa pela Malásia antes de
chegar à Coréia; só treinador e Edílson atuaram no continente
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FÁBIO VICTOR
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A BARCELONA
Os 23 jogadores da seleção brasileira iniciam hoje pela manhã
uma expedição histórica, rumo a
um mundo desconhecido.
Em seu último estágio de preparação para a Copa-2002, a primeira disputada fora dos domínios
ocidentais, o time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari desbrava um território misterioso
para a maioria dos atletas.
Scolari deixa a Espanha, onde
jogaria amistoso ontem à tarde, e
vai para a Malásia, primeira parada da equipe na Ásia, continente
que se confunde com o Oriente.
De Kuala Lumpur, a capital da
Malásia, a equipe voa no dia 26
para a Coréia do Sul, país que
abriga a Copa do Mundo e onde o
Brasil disputará a primeira fase.
Se passar do desafio inicial, a
"família Scolari" se muda para o
Japão, de onde não sai mais até o
final do Mundial -a menos que
dispute o terceiro lugar, tendo
que retornar à Coréia do Sul.
Na sua aventura oriental, a seleção se defrontará com religiões
pouco praticadas no Brasil (a Malásia é predominantemente muçulmana; a Coréia e o Japão, budistas), com comidas e costumes
exóticos e línguas que ninguém
na delegação inteira domina.
Para dificultar ainda mais, somente um atleta do grupo, o atacante cruzeirense Edílson, já teve
uma experiência profissional, de
pouco menos de dois anos, num
dos países em que a seleção vai estar alojada (o Japão, se o time não
cair na primeira fase), apesar de o
futebol japonês contratar todos os
anos dezenas de brasileiros e promover um intenso intercâmbio
com clubes nacionais.
Além dele, só Scolari já teve
uma experiência, de apenas alguns meses, no futebol nipônico.
Ou seja: se o desempenho da seleção de Scolari na Copa é uma incógnita, igualmente o é o terreno
a ser pisado por ela.
Ainda assim -ou talvez por tudo isso-, os jogadores afirmam
que vivem uma boa expectativa
em relação ao que está por vir. A
maioria do time demonstra estar
excitada com a inédita experiência de conhecer uma parte do
mundo obscura aos ocidentais.
"Para mim, tudo o que está vindo está sendo ótimo. Estou me
preparando para uma Copa, então é tudo maravilhoso. Acho que
vou encontrar só coisas boas",
afirma o meia-atacante Ronaldinho, 22, do Paris Saint-Germain,
que joga seu primeiro Mundial.
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