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FUTEBOL
Após fracassarem no Rio-SP e na Copa do Brasil, atletas dos dois clubes supervalorizam esvaziado torneio estadual
Palmeiras e São Paulo buscam "salvação"
EDUARDO ARRUDA
MICHELE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Para palmeirenses e são-paulinos, a conquista do esvaziado Supercampeonato Paulista, criado
pelo presidente da FPF, Eduardo
José Farah, para tapar buraco no
calendário, tem mais valor do que
o próprio torneio.
Representa a salvação de um semestre marcado por fracassos
dentro de campo, disputas internas e pela ascensão do Corinthians, que ganhou dois títulos no
ano -Rio-SP e a Copa do Brasil.
As duas equipes da capital se enfrentam hoje, às 16h, no estádio
Anacleto Campanella, em São
Caetano do Sul (SP).
No Palmeiras, que foi eliminado
da Copa do Brasil pelo desconhecido ASA (AL), e caiu no Rio-SP,
diante do São Paulo, por ter recebido mais cartões amarelos do
que o adversário, o triunfo também pode significar a permanência de alguns jogadores no clube,
que passa por uma reformulação.
Do lado são-paulino, que foi
derrotado na Copa do Brasil e no
Rio-SP pelo Corinthians, a competição estadual também servirá
como laboratório para o técnico
Oswaldo de Oliveira, que pretende diagnosticar as carências da
equipe e elaborar uma lista de dispensas de jogadores.
"Para nós, vencer esse torneio
será muito importante. Quando
um time grande não conquista títulos, as coisas ficam difíceis. Está
nos faltando o espírito de campeão", declarou o zagueiro palmeirense Alexandre.
Homem de confiança do técnico Wanderley Luxemburgo, ele
escapou à degola promovida pelo
treinador, que dispensou cinco
jogadores -Galeano, Fernando,
Claudecir, Adalto e Daniel.
O lateral-esquerdo Misso, que
também havia sido desligado do
elenco foi reintegrado por falta de
opções para a posição.
Ele se junta aos que permaneceram e aos sete atletas da equipe B
que foram promovidos ao time
principal, como parte da reformulação feita por Luxemburgo.
O treinador, que durante a semana cobrou a contratação de reforços de peso da diretoria, afirmou que sua equipe deve "ter dificuldades" no torneio.
Apesar disso, pediu "respeito" a
seus jogadores e colocou o Palmeiras no mesmo nível que seus
adversários no Superpaulista.
"O Palmeiras nunca vai ser fraco", declarou o técnico, ressaltando a importância do título.
"Qualquer competição que disputamos é muito importante. Se
perdermos, seremos cobrados e
levaremos porrada. Por isso, entraremos para sermos campeões", afirmou o treinador.
Seu colega Oswaldo de Oliveira,
que faz hoje sua estréia no comando do São Paulo, em substituição a Nelsinho Baptista, tem
pensamento parecido.
"Ninguém vai lembrar que esse
campeonato está esvaziado ou
que estamos perto da Copa. Os
números são frios, e o time que
ganhar vai entrar para a história
de qualquer jeito", disse o técnico,
que exigiu esforço de seus comandados nos treinamentos.
"Independentemente de ser um
torneio novo, o título no Superpaulista entrará para nosso currículo como qualquer outro", afirmou o goleiro Roger, que substituirá o titular Rogério, convocado
para a seleção brasileira.
A importância dispensada ao
Superpaulista por palmeirenses e
são-paulinos fez com que os técnicos e jogadores dos dois clubes
criticassem a decisão de Farah de
marcar a partida para o acanhado
estádio de São Caetano do Sul.
"Se pudesse escolher hoje mudaria a partida para o Morumbi,
pela força das torcidas e pela importância do clássico", disse o
treinador são-paulino.
"O ideal seria jogar uma no Parque Antarctica e outra no Morumbi. Mas como eu não mando
nada, tenho de cumprir ordens",
reclamou Luxemburgo.
NA TV - Palmeiras x São
Paulo, Globo e Record,
ao vivo, às 16h
PALMEIRAS
Sérgio (Gilvan); Taddei,
Alexandre, César e Misso
(Rovílson); Paulo Assunção, Célio,
Magrão e Lopes; Muñoz e Christian
Técnico: Wanderley Luxemburgo
SÃO PAULO
Roger; Rafael, Reginaldo, Jean
e Gustavo Nery; Fábio
Simplício, Maldonado, Lúcio Flávio e
Adriano; Dill e Reinaldo
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Estádio: Anacleto Campanella, em São
Caetano do Sul
Horário: 16h
Juiz: Romildo Correia (SP)
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