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Ronaldo decepciona, Ronaldinho resolve
Com dupla Ro-Ro pela metade, Brasil vence Catalunha por 3 a 1,
mas mostra que não está pronto
FÁBIO VICTOR
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A BARCELONA
Só metade da esperança brasileira na Copa apareceu ontem. Na
vitória por 3 a 1 sobre a seleção da
Catalunha, no penúltimo amistoso antes do Mundial-2002, a seleção mostrou que não tem um time pronto para a competição,
mas foi salva por Ronaldinho, 22,
que fez dois gols e foi o destaque
do time de Luiz Felipe Scolari.
Ronaldo, a outra esperança, a
outra metade da nova dupla Ro-Ro, esteve apagado na partida e
fez sua pior atuação pela seleção
desde que voltou aos gramados,
há quase dois meses, exatamente
num jogo em que mostrou ótimo
entrosamento com seu homônimo. O jogador da Inter foi o brasileiro mais saudado pelos catalãos
que lotaram o Camp Nou, em
Barcelona, mas não correspondeu ao carinho -fez apenas uma
boa jogada no primeiro tempo.
Já Ronaldinho, que Scolari pretende usar na Copa como jogador
de ligação entre o meio-campo e o
ataque, atuou ontem mais avançado que nas últimas partidas e
criou, ao lado de Denílson, as melhores chances e as jogadas mais
bonitas. Fez um gol de falta e outro dando um leve toque na saída
do goleiro. Denílson teve uma rara boa atuação sendo escalado
desde o início de um jogo.
Mas, além dos lances de efeito, o
que ficou do jogo, em que o Brasil
atuou de azul, a cor da sorte de seu
treinador, foi a constatação de
que, a 15 dias da estréia na Copa,
Scolari não tem um time ordenado, ainda que ontem tivesse um
"álibi" -o desfalque de Rivaldo,
Lúcio e Roberto Carlos.
Para os catalães, com alguns
bons jogadores, a partida serviu
mais para dar vazão a causas nacionalistas -uma bandeira da
Espanha foi queimada na arquibancada- que para entrosar
uma seleção que, fosse a melhor
do mundo, não iria à Copa. Não é
reconhecida oficialmente.
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