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BOXE
Bronze único incentiva dupla a pôr fim a jejum
Dois brasileiros buscam medalha que o país ganhou só uma vez
BRASIL
Washinton Silva e Paulo Carvalho lutam por pódio, a partir das 8h46
DO ENVIADO A PEQUIM
O meio-pesado (limite de até
81 kg) Washington Silva e o
mosca-ligeiro (até 48 kg) Paulo
Carvalho podem hoje derrubar
um tabu que já dura 40 anos. A
primeira e única medalha do
Brasil no boxe olímpico saiu
com o peso-mosca Servílio de
Oliveira, no México, em 1968.
Silva, que foi pai de um menino, Richard, quando já estava
em Pequim, pouco antes do início da Olimpíada, enfrenta o irlandês Kenny Egan, canhoto.
Silva já faz planos para a
eventualidade de conquistar
uma medalha em Pequim. Afirma que uma forma de festejar
será tirar foto com sua medalha
junto a Servílio de Oliveira.
""Uma vez já conversei sobre
isso com ele [Servílio], pode
perguntar. Acho que é uma homenagem justa [se ganhar uma
medalha] quando retornar ao
Brasil", argumenta Silva.
Com o joelho contundido,
além de seu treino de rotina Silva tem feito trabalho de compensação muscular com o auxílio de um elástico usado pelos
fisioterapeutas.
""Ele vai jogar bem fechadinho, e o bom é que não tem problemas fara fazer movimentos
laterais. Só para frente e para
trás. Ou seja, dá para prender o
adversário nas cordas", explica
Luis Carlos Dórea, um dos técnicos da seleção brasileira. Para
ir às quartas-de-final, Silva bateu Bastie Samir, de Gana, e
Azea Augustama, do Haiti.
""É do meu filho que tiro motivação para fazer diversas coisas", explica Silva. ""É por isso
que supero essa contusão que
tenho no joelho. Se fosse um
outro nem estaria aqui, acho."
O melhor resultado de Silva
na carreira foi um quinto lugar
no Mundial de 2005, na China.
Seu combate tem previsão para
acontecer a partir das 10h16.
Já Carvalho terá pela frente o
cubano Yamper Hernandez. A
previsão é que o duelo do brasileiro ocorra a partir das 8h46.
""Vamos agora em busca dessa medalha. Sei da importância
dela para o boxe e para o esporte brasileiro em geral", diz Carvalho, que afirma conhecer
muito bem o adversário. Afinal,
derrotou o cubano no ano passado na Copa Independência,
na República Dominicana.
""O Paulo é bastante agressivo, e o cubano é mais técnico. É
quase como se um fosse o oposto do outro", explica Dórea.
""Não vamos mudar nada no estilo de Paulo. Mesmo porque se
complica quando tenta boxear
caminhando para trás", diz.
Trata-se da terceira luta de
ambos nos Jogos de Pequim.
Servílio ganhou seu bronze
batendo dois rivais: o turco
Yngin Aidgard e o ganês Joe
Destimo.
(EDUARDO OHATA)
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