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AUTOMOBILISMO
Brasileiro deixa tática de frear só com pé esquerdo e larga na frente de Schumacher pela 1ª vez no ano
Barrichello faz "gol de honra" e sai na pole
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A INDIANÁPOLIS
Com o pé direito, Rubens Barrichello conseguiu ontem à tarde,
enfim, fazer seu "gol de honra".
Abandonando a tática de frear
só com o pé esquerdo, ele confirmou os bons resultados nos treinos livres em Indianápolis, foi o
mais rápido na sessão classificatória e cravou a pole position para o
GP dos EUA, nona nas 18 etapas
do Mundial de F-1, hoje, às 14h.
Foi a décima pole da sua carreira e a primeira desde o GP do Japão do ano passado. Mais: para
ele, o primeiro lugar no grid é um
alívio. Até ontem, era o único piloto que ainda não havia saído à
frente do companheiro neste ano.
E foi por pouco. Exato 0s177. Foi
essa a vantagem para Michael
Schumacher no treino oficial. O
alemão larga da segunda posição.
Agora, o placar na disputa interna da Ferrari, em plena metade da
temporada, aponta 8 a 1 em favor
do hexacampeão em grids.
"O final de semana começou legal, com muito brilho. O carro esteve sempre bom, tive apenas um
probleminha de acerto hoje [ontem] de manhã, mas para a classificação tudo estava ótimo", disse
Barrichello. "Agora espero dormir bem, poder fazer uma ótima
corrida e buscar a vitória."
O treino de ontem era a última
chance de o brasileiro manter
uma escrita em sua história na
Ferrari. Desde que chegou ao time, em 2000, ele sempre havia
cravado pelo menos uma pole na
primeira metade do campeonato.
A exceção foi 2001, seu ano mais
desastroso pela escuderia -não
venceu nenhuma corrida.
Com um desempenho mediano
na pré-classificação, Schumacher
foi o 12º a entrar na pista para a
definição do grid. E conseguiu
1min10s400, uma ótima marca.
Nenhum dos pilotos que veio
na seqüência o ameaçou. Até chegar Barrichello, o mais veloz na
pré-classificação e, portanto, o último a dar a volta lançada na sessão oficial. O brasileiro foi mais
lento na primeira parcial, mas se
recuperou e levou a pole.
Após a sessão, eufórico, revelou
o motivo da "lavada" que vinha
levando do alemão neste ano: estava freando com o pé esquerdo.
"Quando sentei neste carro pela
primeira vez, achei que seria melhor frear com o pé esquerdo.
Funcionou bem para as corridas,
mas não para as classificações.
Agora fizemos uma adaptação,
estou freando também com o pé
direito e deu certo", declarou.
Visivelmente chateado por largar atrás do companheiro, Schumacher disse que enfrentou problemas com o carro da Ferrari.
"É claro que gostaria de estar no
lugar do Rubens. Mas ele fez um
trabalho melhor do que o meu e
não havia muito o que fazer. Meu
carro estava saindo muito de traseira. Fiz o que foi possível."
Hoje, Schumacher terá mais
um problema. Seu lado no grid, o
direito, tem menos aderência.
Após assistir a sete vitória do
alemão, Barrichello, pela primeira vez no ano, é favorito à vitória.
Seria mais um "gol de honra".
NA TV - GP dos EUA, Globo, ao
vivo, às 14h
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