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Mundial de F-1 chega ao meio com "aperto" inédito
Com nove corridas já disputadas, somente dois pontos separam o primeiro e o quarto colocado na classificação
Pela terceira vez na história da categoria, três pilotos dividem a liderança do campeonato, que já trocou de mão em cinco ocasiões
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A largada para o GP da Alemanha, hoje, às 9h (de Brasília),
marca o início da segunda metade do Mundial de F-1. E, passadas nove etapas, é como se a
temporada começasse agora.
Isso porque os três mais fortes candidatos ao título, Lewis
Hamilton, Felipe Massa e Kimi
Raikkonen, têm os mesmos 48
pontos. E Robert Kubica, que
corre por fora na disputa, está
apenas dois pontos atrás deles.
Uma diferença tão pequena
assim entre o primeiro e o
quarto colocado, ao chegar na
metade da temporada, a categoria viu somente uma outra
vez. Foi no Mundial de 1956.
Naquele ano, depois de quatro
das oito etapas, Petter Collins e
Stirling Moss somavam 11 pontos. Jean Behra vinha em terceiro, com 10 pontos. E Juan
Manuel Fangio era o quarto colocado, um ponto atrás. Ironicamente, foi justamente o argentino quem ficou com a taça.
Naquela temporada, porém,
muitas coisas eram distintas. A
começar pelo sistema de pontuação. Os cinco primeiros colocados em cada corrida recebiam pontos (8, 6, 4, 3 e 2, respectivamente). Além disso,
quem cravasse a melhor volta
era agraciado com um ponto.
Outra diferença é que só os
cinco melhores resultados da
temporada eram computados
para a classificação final.
Agora, além de muito mais
pontos serem distribuídos (os
oitos primeiros em cada GP somam pontos), muito mais corridas já foram disputadas -nove, contra quatro em 1956.
"Estamos todos no mesmo
barco e muita coisa pode acontecer de uma corrida para outra", afirmou Massa, que já ocupou a liderança por uma etapa.
Liderança, aliás, que já trocou de mãos cinco vezes até
agora. Hamilton, que está na
dianteira atualmente, após a vitória no GP da Inglaterra, em
Silverstone, há duas semanas,
foi quem mais vezes esteve na
frente: quatro. Raikkonen foi líder por três corridas, e Massa e
Kubica, uma cada um.
A última vez que quatro pilotos haviam se revezado na ponta da classificação havia sido na
temporada de 1987. Nigel Mansell, Alain Prost, Nelson Piquet
e Ayrton Senna lutavam pelo título daquele ano -Piquet acabou conquistando o Mundial.
"Quando você vê três caras
na ponta da tabela separados
por apenas dois pontos é difícil
dizer o que fará a diferença para
ficar com o título", disse Massa,
que no critério de desempate
aparece em segundo lugar na
classificação -Hamilton leva
vantagem devido a um décimo
lugar. "Acredito que consistência será o fator mais importante
de agora até o final da temporada", completou o ferrarista.
Para Hamilton, o importante
agora é manter o foco. "Tirar
pontos dos outros é fundamental para nós quatro. É o que todos querem", disse. "Eu vou me
concentrar apenas no meu trabalho e não no dos outros."
O tríplice empate na ponta da
F-1 só havia ocorrido outras
duas vezes em 58 temporadas
-em 1950 e no ano passado.
Nas duas ocasiões, após três
corridas. Em 2007, além de
Raikkonen e Hamilton, Fernando Alonso era o outro líder.
Com agências internacionais
NA TV - GP da Alemanha
Globo, ao vivo, às 9h
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