São Paulo, domingo, 20 de julho de 2008

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Bernardinho usa banco e vence último "treino" na Liga Mundial

Seleção bate Venezuela e se preparara para as finais, nesta semana, no Rio

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina aproveitou o último "treino" na Liga Mundial de vôlei para testar todas as suas armas. Mesmo com boa parte dos reservas em quadra, a equipe manteve bom padrão de jogo e derrotou a Venezuela por 3 a 0 (25/ 19, 25/20 e 25/17), ontem, em Goiânia.
Por ser país-sede, o Brasil já tinha vaga assegurada nas finais, que acontecem nessa semana, no Rio, e aproveitou o privilégio de poder arriscar durante a fase de classificação.
A partir de agora, os brasileiros não podem mais errar.
"Ainda temos de acertar detalhes, mas hoje [ontem] o time mostrou melhor ritmo de jogo, a defesa funcionou melhor. O caminho é esse", afirmou o líbero Escadinha.
Bernardinho começou a partida com Rodrigão na vaga de André Heller, única novidade em relação ao time que vinha atuando como titular.
O meio-de-rede, que sofreu cirurgia no joelho e só voltou à equipe na rodada passada, marcou oito pontos -cinco de ataque e três de bloqueio. Rodrigão foi o jogador da seleção com maior número de pontos anotados neste fundamento.
No terceiro set, o treinador radicalizou nos testes e mudou metade da equipe. Saíram Giba, Gustavo e Dante para as entradas de Murilo, André Heller e Samuel. Bernardinho manteve como titulares apenas André Nascimento, Rodrigão e Marcelinho. O último acabou cedendo a vaga a Bruno durante boa parte da parcial.
Desde o início da Liga, quanto contava com 19 jogadores, o treinador brasileiro havia dito que usaria o torneio para sanar suas dúvidas e dar ritmo a todos os atletas do grupo.
O melhor atacante brasileiro no segundo duelo com a Venezuela voltou a ser André Nascimento, com 11 pontos. Giba mostrou que, aos poucos, está recuperando a boa forma e anotou 10 pontos -ambos fizeram um ponto de bloqueio.
Harry Gomez, da Venezuela, de novo foi o maior pontuador da partida, com 13 tentos.
Apesar de ter mostrado melhor ritmo, os brasileiros falharam bastante. Entregaram 17 pontos contra 19 dos rivais.
O time nacional terá apenas três dias para se preparar para a fase decisiva, que começa na quarta-feira, no Rio. A estréia será contra a Rússia. Depois, no dia 29, a equipe viaja para aclimatação no Japão.
Os jogos contra a Venezuela, aliás, eram encarados pelos brasileiros como treino para encarar os poderosos ataques dos russos.
Para os sul-americanos, enfrentar o Brasil era a chance de preparar ainda mais a seleção para os Jogos de Pequim. A Venezuela não irá às finais da Liga e fará em Pequim sua estréia em Jogos Olímpicos.
"Os jogos foram importantes. Não vencemos nenhum set, mas vimos em que nível estamos e quanto e onde precisamos melhorar para os Jogos. O Brasil é o time mais forte do mundo e não haveria adversário melhor para essa avaliação", disse o capitão Andy Rojas.


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