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Bernardinho usa banco e vence último "treino" na Liga Mundial
Seleção bate Venezuela e se preparara para as finais, nesta semana, no Rio
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção masculina aproveitou o último "treino" na Liga
Mundial de vôlei para testar todas as suas armas. Mesmo com
boa parte dos reservas em quadra, a equipe manteve bom padrão de jogo e derrotou a Venezuela por 3 a 0 (25/ 19, 25/20 e
25/17), ontem, em Goiânia.
Por ser país-sede, o Brasil já
tinha vaga assegurada nas finais, que acontecem nessa semana, no Rio, e aproveitou o
privilégio de poder arriscar durante a fase de classificação.
A partir de agora, os brasileiros não podem mais errar.
"Ainda temos de acertar detalhes, mas hoje [ontem] o time
mostrou melhor ritmo de jogo,
a defesa funcionou melhor. O
caminho é esse", afirmou o líbero Escadinha.
Bernardinho começou a partida com Rodrigão na vaga de
André Heller, única novidade
em relação ao time que vinha
atuando como titular.
O meio-de-rede, que sofreu
cirurgia no joelho e só voltou à
equipe na rodada passada, marcou oito pontos -cinco de ataque e três de bloqueio. Rodrigão foi o jogador da seleção com
maior número de pontos anotados neste fundamento.
No terceiro set, o treinador
radicalizou nos testes e mudou
metade da equipe. Saíram Giba,
Gustavo e Dante para as entradas de Murilo, André Heller e
Samuel. Bernardinho manteve
como titulares apenas André
Nascimento, Rodrigão e Marcelinho. O último acabou cedendo a vaga a Bruno durante
boa parte da parcial.
Desde o início da Liga, quanto contava com 19 jogadores, o
treinador brasileiro havia dito
que usaria o torneio para sanar
suas dúvidas e dar ritmo a todos
os atletas do grupo.
O melhor atacante brasileiro
no segundo duelo com a Venezuela voltou a ser André Nascimento, com 11 pontos. Giba
mostrou que, aos poucos, está
recuperando a boa forma e anotou 10 pontos -ambos fizeram
um ponto de bloqueio.
Harry Gomez, da Venezuela,
de novo foi o maior pontuador
da partida, com 13 tentos.
Apesar de ter mostrado melhor ritmo, os brasileiros falharam bastante. Entregaram 17
pontos contra 19 dos rivais.
O time nacional terá apenas
três dias para se preparar para a
fase decisiva, que começa na
quarta-feira, no Rio. A estréia
será contra a Rússia. Depois, no
dia 29, a equipe viaja para aclimatação no Japão.
Os jogos contra a Venezuela,
aliás, eram encarados pelos
brasileiros como treino para
encarar os poderosos ataques
dos russos.
Para os sul-americanos, enfrentar o Brasil era a chance de
preparar ainda mais a seleção
para os Jogos de Pequim. A Venezuela não irá às finais da Liga
e fará em Pequim sua estréia
em Jogos Olímpicos.
"Os jogos foram importantes.
Não vencemos nenhum set,
mas vimos em que nível estamos e quanto e onde precisamos melhorar para os Jogos. O
Brasil é o time mais forte do
mundo e não haveria adversário melhor para essa avaliação",
disse o capitão Andy Rojas.
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