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"Enjoado",
atleta largou
da raquete
DA REPORTAGEM LOCAL
Evandro chegou a dividir a
paixão pelo futebol com o tênis. Quando criança, treinava ambos os esportes.
Ao contrário da aptidão
pela bola maior, herdada do
pai, o namoro com as bolinhas e a raquete aconteceu
de forma inesperada.
A mãe, Dulcinéia, praticava a modalidade em um clube de Blumenau. Evandro,
que já jogava futebol em uma
escolinha, interessou-se e
quis tentar umas rebatidas.
A família, apesar de não
passar por apuro financeiro,
tinha outras prioridades. "Eu
sempre estudei em colégio
particular. Então não dava
para ter esses luxos, como
pagar aula de tênis", diz.
A pedido de Dulcinéia, o
professor do clube concordou em deixar o garoto brincar durante os intervalos das
aulas. Depois, a treinar de
graça. Aos poucos, ele percebeu que Evandro levava jeito
para a coisa.
"Comecei a treinar futebol
três vezes por semana, e tênis, duas. Cheguei a disputar
campeonatos em Santa Catarina contra os melhores tenistas do Estado."
Na época, um catarinense
famoso brilhava no esporte.
Gustavo Kuerten, porém,
não teve influência na escolha. "Comecei por causa da
minha mãe, mesmo."
Depois disso, duas coisas
fizeram a relação de Evandro
com o tênis azedar.
"O clube quis começar a
cobrar pelas aulas. E eu estava enjoado dos treinos", afirma o atleta, que até hoje gosta de bater uma bolinha com
o irmão, Leandro, e os amigos que reencontra quando
vai a Blumenau.
Jogador diferenciado da
maioria na hora de se expressar -tem o segundo grau
completo-, o camisa 8 palmeirense cultiva outro hábito mais refinado além do tênis. Adora ler livros.
"Prefiro biografias, como a
do Garrincha. Mas também
leio outras coisas. Recentemente li "O Caçador de Pipas"
[do escritor afegão Khaled
Hosseini] e gostei bastante",
diz o jogador, que também
costuma ir ao cinema.
(RC)
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