São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2008

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VÔLEI

Brasil busca vaga na semifinal contra freguês histórico

Última vitória da China, rival de hoje, aconteceu em 1978, mas equipe diz que precisa corrigir erros

BRASIL
Contra os anfitriões, para manter vivo o sonho do 3º ouro olímpico, às 9h


MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM

Na última vez em que encarou um mata-mata, a seleção masculina de vôlei amargou seu maior tropeço sob o comando do técnico Bernardinho. A quarta colocação na Liga Mundial deste ano, no Brasil, parece ter acompanhado os brasileiros até Pequim.
Nos Jogos chineses, a equipe ainda não mostrou o padrão de jogo que a levou a dois títulos mundiais e ao ouro olímpico em Atenas-2004.
Agora, porém, não há mais tempo para testes ou grandes ajustes. Hoje, às 9h, os brasileiros encaram a seleção da China nas quartas-de-final do campeonato, no Ginásio Capital.
Se vencer, a seleção enfrenta Itália ou Polônia. Uma derrota e o time nacional dá adeus à chance de medalha.
"Isso já aconteceu [a equipe se superar em mata-matas]. Mas, depois da Liga, perdemos um pouco disso. Temos de nos unir ao máximo, tentar marcar bem o que o adversário faz de diferente e anular essa arma. O Brasil ainda tem muito mais a mostrar, mas temos de corrigir nosso erros", declarou o meio-de-rede Gustavo.
O adversário na fase decisiva tem um largo histórico de derrotas para o Brasil. A última vitória aconteceu em 1978, por 3 a 1. Desde então, os brasileiros ganharam oito partidas, apenas duas sob o comando de Bernardinho, no cargo desde 2001.
Em 2005, porém, a seleção levou um susto na Copa dos Campeões. Os chineses abriram 2 sets a 0 antes de levar a virada. A base do time brasileiro era exatamente a mesma que entra em quadra hoje.
Da equipe que disputa os Jogos de Pequim, só não integravam aquele grupo o levantador Bruno (e sim Ricardinho) e o ponta Dante (estava Ezinho).
Neste ano, Bernardinho aproveitou a disputa da Liga Mundial para realizar testes na equipe e conceder um descanso aos jogadores titulares.
Apesar de já ter assegurada uma vaga nas finais da Liga Mundial, por ser país-sede, o time fez boa campanha, mesmo atuando em boa parte dela com jogadores saídos do banco.
Na fase decisiva, porém, o Brasil tropeçou na semifinal diante dos americanos, por 3 sets a 0. Depois, o time acabou perdendo o bronze para a Rússia, por 3 sets a 1.
O resultado abalou o time. Bernardinho declarou até que, na disputa do terceiro lugar, os jogadores entraram em quadra constrangidos. Foi o pior resultado sob o comando do treinador, que desde 2001 nunca havia ficado fora do pódio.
Na Olimpíada de Pequim, a equipe também já sofreu uma derrota, para a Rússia.
Mas, graças à queda dos europeus diante da Polônia na última rodada na primeira fase da Olimpíada, o Brasil terminou em primeiro lugar de seu grupo e vai enfrentar o time mais frágil da outra chave.
"A equipe ainda não mostrou mesmo tudo que sabe nos Jogos. Mas isso nos deixa tranqüilos, porque sabemos que temos muito mais para mostrar", afirma o ponta Murilo.


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