|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Brasil busca vaga na semifinal contra freguês histórico
Última vitória da China, rival de hoje, aconteceu
em 1978, mas equipe diz que precisa corrigir erros
BRASIL
Contra os anfitriões, para manter vivo o sonho do 3º ouro olímpico, às 9h
MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM
Na última vez em que encarou um mata-mata, a seleção
masculina de vôlei amargou
seu maior tropeço sob o comando do técnico Bernardinho. A quarta colocação na Liga
Mundial deste ano, no Brasil,
parece ter acompanhado os
brasileiros até Pequim.
Nos Jogos chineses, a equipe
ainda não mostrou o padrão de
jogo que a levou a dois títulos
mundiais e ao ouro olímpico
em Atenas-2004.
Agora, porém, não há mais
tempo para testes ou grandes
ajustes. Hoje, às 9h, os brasileiros encaram a seleção da China
nas quartas-de-final do campeonato, no Ginásio Capital.
Se vencer, a seleção enfrenta
Itália ou Polônia. Uma derrota
e o time nacional dá adeus à
chance de medalha.
"Isso já aconteceu [a equipe
se superar em mata-matas].
Mas, depois da Liga, perdemos
um pouco disso. Temos de nos
unir ao máximo, tentar marcar
bem o que o adversário faz de
diferente e anular essa arma. O
Brasil ainda tem muito mais a
mostrar, mas temos de corrigir
nosso erros", declarou o meio-de-rede Gustavo.
O adversário na fase decisiva
tem um largo histórico de derrotas para o Brasil. A última vitória aconteceu em 1978, por 3
a 1. Desde então, os brasileiros
ganharam oito partidas, apenas
duas sob o comando de Bernardinho, no cargo desde 2001.
Em 2005, porém, a seleção
levou um susto na Copa dos
Campeões. Os chineses abriram 2 sets a 0 antes de levar a
virada. A base do time brasileiro era exatamente a mesma que
entra em quadra hoje.
Da equipe que disputa os Jogos de Pequim, só não integravam aquele grupo o levantador
Bruno (e sim Ricardinho) e o
ponta Dante (estava Ezinho).
Neste ano, Bernardinho
aproveitou a disputa da Liga
Mundial para realizar testes na
equipe e conceder um descanso
aos jogadores titulares.
Apesar de já ter assegurada
uma vaga nas finais da Liga
Mundial, por ser país-sede, o time fez boa campanha, mesmo
atuando em boa parte dela com
jogadores saídos do banco.
Na fase decisiva, porém, o
Brasil tropeçou na semifinal
diante dos americanos, por 3
sets a 0. Depois, o time acabou
perdendo o bronze para a Rússia, por 3 sets a 1.
O resultado abalou o time.
Bernardinho declarou até que,
na disputa do terceiro lugar, os
jogadores entraram em quadra
constrangidos. Foi o pior resultado sob o comando do treinador, que desde 2001 nunca havia ficado fora do pódio.
Na Olimpíada de Pequim, a
equipe também já sofreu uma
derrota, para a Rússia.
Mas, graças à queda dos europeus diante da Polônia na última rodada na primeira fase da
Olimpíada, o Brasil terminou
em primeiro lugar de seu grupo
e vai enfrentar o time mais frágil da outra chave.
"A equipe ainda não mostrou
mesmo tudo que sabe nos Jogos. Mas isso nos deixa tranqüilos, porque sabemos que temos
muito mais para mostrar", afirma o ponta Murilo.
Texto Anterior: Brasileiros da Geórgia não resistem a americanos Próximo Texto: Brasileiras batem Japão e ficam a um jogo da final Índice
|