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Só 3 dos fundadores do Clube dos 13 estão hoje entre os 8 primeiros do Nacional, recorde negativo
Às portas do grande Brasileiro, grandes têm seu pior Brasileiro
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na véspera daquele que promete ser o maior Brasileiro de todos
os tempos, os fundadores do Clube dos 13 fazem seu pior papel.
Desde que a entidade foi fundada, em 1987, pelo menos quatro
de seus sócios iniciais estiveram
entre os oito melhores do Nacional. Em mais da metade dos últimos 15 anos, seis ou sete fundadores ficaram nesse bloco.
Agora, se a primeira fase da edição 2002 já estivesse encerrada,
apenas três dos 13 clubes que iniciaram um dos mais ambiciosos
projetos do futebol brasileiro (São
Paulo, Santos e Corinthians) estariam nas quartas-de-final.
E a situação dos outros dez não
é nada boa. Na rodada de hoje, o
único que pode entrar na zona de
classificação é o Atlético-MG, que
faz o clássico contra o Cruzeiro.
Os demais jogam para melhorar
de situação no bloco intermediário, como Cruzeiro e Internacional, que pega o Atlético-PR, ou,
pior ainda, escapar do rebaixamento à segunda divisão.
O Flamengo, que estaria rebaixado hoje, enfrenta, em Salvador,
o Vitória, que, sem a fama de seu
rival, ocupa o sétimo lugar.
No Maracanã, Fluminense e Bahia, dois dos fundadores do Clube
dos 13, fazem um jogo em que o
perdedor tem boas chances de entrar na zona do desespero.
De folga na jornada, o Palmeiras
começa outra semana como um
dos quatro "condenados", pelo
menos neste momento, à Série B.
Assim, jogos de equipes que não
formam a elite do país são mais
decisivos para a definição dos finalistas do Brasileiro-2002.
Em casa, contra o Paysandu, o
São Caetano do técnico Mário
Sérgio tem a chance de voltar à liderança do certame.
Para isso, precisa vencer e torcer
por um tropeço do São Paulo
diante do Guarani, em Campinas.
No seu estádio, em Caxias do
Sul, o Juventude pega o Coritiba,
em um confronto de duas equipes
que estariam hoje nas quartas.
Outra equipe que não fundou o
Clube dos 13 e faz bom papel, a
Ponte Preta vai ao Pacaembu para
enfrentar o Corinthians, uma das
raras exceções da entidade presidida por Fábio Koff.
A derrocada do C13 acontece
em um momento crucial do futebol brasileiro. No próximo ano,
será disputado um campeonato
nacional que terá a inédita duração de oito meses. Dessa forma,
um rebaixamento nesta temporada irá significar quase um ano
longe dos rivais mais tradicionais
e de rendas mais significativas.
Se dois de seus fundadores acabarem na segunda divisão, os fundadores do Clube dos 13 sofrerão
a humilhação de serem minoria
no mais esperado Campeonato
Brasileiro de todos os tempos.
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