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VÔLEI
Além das quadras, complexo que está sendo construído na praia de Saquarema, no Rio, terá restaurante, hotel e sauna
Com atraso, CBV inaugura CT só em 2003
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A SAQUAREMA
A dificuldade dos dirigentes da
CBV (Confederação Brasileira de
Vôlei) de se livrarem da burocracia exigida pelo governo federal
para a liberação das verbas públicas atrasou a construção do primeiro centro de treinamento da
modalidade no mundo.
Previsto para ser inaugurado
em abril deste ano, o CT da entidade só deverá ser aberto, parcialmente, em janeiro de 2003.
O centro de treinamento fica em
um cenário paradisíaco. Os atletas poderão treinar de frente para
o mar de Saquarema (a 100 km do
Rio de Janeiro), um dos pontos favoritos dos surfistas brasileiros.
Localizado entre a lagoa da cidade e a praia, o CT, que fica em
uma área de 105 mil metros quadrados, ainda conta com um lago.
""Tivemos problemas para conseguir a liberação das verbas. Por
isso, todo o cronograma de obras
atrasou. Agora, já conseguimos
nos acertar, e tudo estará pronto
até julho", disse o coordenador do
projeto de construção do CT, o
engenheiro Alberto Gurgel.
Pelo acordo celebrado no ano
passado com a Prefeitura de Saquarema e com o Ministério do
Esporte e Turismo, a entidade que
comanda o vôlei no país ganhou o
terreno e parte da construção do
centro de treinamento.
A prefeitura cedeu à CBV o prédio de um antigo clube que funcionava no local. O ministério se
comprometeu a pagar pela reforma do prédio e pela construção de
novas edificações, em um total de
cerca de R$ 3,6 milhões.
O atraso ocorreu por causa do
novo modelo adotado pelo ministério para repassar as verbas.
Para conseguir o dinheiro, a
CBV tem que preencher uma série de exigências da CEF (Caixa
Econômica Federal), atual responsável pela liberação do dinheiro e por fiscalizar as obras.
""Eles tiveram muitas dificuldades no início para se acertar com
as normas da Caixa. Mesmo assim, é melhor a obra atrasar para
que haja transparência do que o
governo desperdiçar seu dinheiro", disse o secretário nacional do
Esporte, o iatista Lars Grael.
Há cerca de um ano, o ministério abriu mão de enviar o dinheiro diretamente para as entidades
beneficiadas por causa da impossibilidade de ""acompanhar o andamento de todas as obras".
""Nós liberamos verba para cerca de mil obras e não tínhamos
como controlar isso tudo. Por isso, repassamos a tarefa para a Caixa, que tem engenheiros que controlam a liberação do dinheiro, de
acordo com o andamento da
obra", acrescentou Grael.
Por causa da demora, a seleção
brasileira, campeã mundial na
Argentina há uma semana, não
pôde treinar neste ano no local,
como havia sido anunciado pelo
presidente da CBV, Ary da Graça,
em setembro de 2001, durante a
solenidade de posse do terreno.
Para tentar recuperar o tempo
perdido, cerca de cem funcionários trabalham de segunda a sábado no local. Um complexo de
quadras e um ""hotel" para os atletas deverão ser os primeiros a estar prontos, no início de janeiro. A
segunda parte da obra prevê um
restaurante, saunas e alojamento
para as divisões de base.
Até agora, a CBV já recebeu R$
1,2 milhão para erguer o CT.
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