São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011 |
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Estranho no ninho Exceção em uma competição repleta de marcas medianas, Cielo tenta hoje obter seu melhor tempo no ano nos 50 m livre MARCEL MERGUIZO MARIANA LAJOLO ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA Campeão olímpico e mundial, Cesar Cielo, 24, tem a chance hoje de fazer o melhor tempo do ano dos 50 m livre. Cenário: Guadalajara. O brasileiro é uma exceção na atual edição do Pan, que se desacostumou a ver performances antológicas. A última quebra de recorde mundial ocorreu em Caracas-1983, com o revezamento 4 x 100 m medley dos EUA. Neste Pan, somente os tempos dos vencedores de 9 das 24 provas disputadas até agora os colocariam na final do último Campeonato Mundial. Destas, apenas uma daria pódio. Cielo, com seus 47s34, seria prata nos 100 m livre na competição de Xangai. Hoje, o Pan recebe os nadadores das equipes B e C da maior potência, os EUA. O Canadá já começa a poupar também suas estrelas. O campeonato não é prioridade. Os nadadores que ainda não estão na elite não levam ao Pan o mesmo nível de performance do passado, como as quebras de recordes mundiais de Mary Meagher (200 m borboleta em San Juan-1979) e Mark Spitz (200 m borboleta em Winnipeg-1967). "No mundo inteiro, principalmente em países mais desenvolvidos, como EUA, há programas muito definidos de treinamento. São acostumados a trabalhar em 26, 30 semanas de preparação", disse o técnico de Cielo, Alberto Pinto, o Albertinho. "Quando cai um Pan a 11 semanas, 12 semanas [do último campeonato importante], os EUA não mudam o esquema e não levam equipe principal porque seus nadadores não estarão na fase certa de preparação. O nadador não quer se expor", disse. O Brasil continua a levar seu time principal ao Pan, mas alguns esportistas já não o encaram como prioridade. Após o Mundial, os atletas foram avaliados e estavam com alto risco de contusão, por conta dos desgastes físico e psicológico do evento. "Aí [para ir ao Pan], você tem que subir o volume de treino e o de musculação. Isso os americanos levam em conta [para definir o time]", declarou Albertinho. "Nós temos de levar em conta a importância do Pan para o Brasil, o aspecto comercial envolvendo a confederação e o próprio atleta." Segundo Albertinho, até 2003, os brasileiros priorizavam totalmente o Pan. A chave virou no ciclo seguinte. Em 2007, apesar de o Pan ter sido disputado no Rio, a prioridade foi o Mundial de Melbourne (Austrália). Texto Anterior: Futebol - Rodrigo Bueno: Enquanto Neymar é rei do pop, Ganso encalha Próximo Texto: Fabíola Molina será julgada em dezembro Índice | Comunicar Erros |
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