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Juliana descarta operar joelho
Segundo médico, apesar de caso ser cirúrgico, atleta pode fazer fisioterapia e arriscar ida a Pequim
Larissa diz que "clima de velório" acabou, mas decisão final sobre disputa do vôlei de praia olímpico só será tomada no fim de julho
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A principal dupla de vôlei de
praia do Brasil decidiu apostar
em uma "sobrevida". Apesar de
ter sofrido grave lesão no joelho, Juliana optou por não passar por cirurgia e acredita em
recuperação até Pequim.
A jogadora foi examinada ontem em Fortaleza pelo ortopedista Henrique César, que
acompanha a parceria.
"Os exames mostraram que o
rompimento [do ligamento
posterior do joelho direito] foi
quase total, o caso é cirúrgico. O
risco é grande, mas ela vai tentar. O clima de velório já passou
e estamos confiantes. Vamos
esperar até 30 de julho para decidir se ela vai comigo ou se jogarei com outra pessoa", afirmou Larissa, por telefone.
A decisão de descartar a cirurgia foi tomada pela comissão técnica e pela dupla. A Confederação Brasileira de Vôlei
enviou representante a Fortaleza. Emitiu nota em que apenas diz que Juliana será examinada no Rio na semana que
vem por médicos da entidade.
Se Juliana não se recuperar,
Larissa terá de escolher uma
parceira que tenha disputado
ao menos oito etapas do Circuito Mundial desde 2007. A campeã olímpica Sandra e Ana Paula, que ainda busca vaga em Pequim, são as jogadoras com estilo de jogo mais próximo do
que Larissa precisaria.
As atuais líderes do ranking
mundial e uma da duplas favoritas ao pódio em Pequim, no
entanto, afirmam que nem
pensaram ainda na hipótese de
desfazer a parceria.
"O médico nos informou que
posso arriscar, fazer um trabalho intenso de fisioterapia, reforçar a musculatura do joelho,
jogar e só operar depois da
Olimpíada", afirmou Juliana.
"Conversei com o Doppler
[atleta austríaco], que sofreu a
mesma lesão há cerca de quatro
anos e, 40 dias depois, estava de
volta às quadras. Ele vai para a
Olimpíada. Outro grande
exemplo é a Adriana Behar [vice-campeã olímpica]. Ela também se lesionou, em 1995, e
continuou jogando até este
ano", completou a jogadora.
A Folha tentou sem sucesso
entrar em contato com o médico de Juliana ontem.
Segundo especialistas, a opção dela é arriscada. A jogadora
pode a qualquer momento sofrer nova contusão na região e
ter de deixar os Jogos.
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