São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ADMINISTRAÇÃO

Clube busca, na decisão da Liga-2002, seu quarto título nacional nos esportes coletivos nesta temporada

Futsal pode garantir feito histórico do Minas nas quadras

ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA LAJOLO

DA REPORTAGEM LOCAL
Classificado para a final da Liga Futsal, na qual enfrenta a Ulbra amanhã, o Minas pode conseguir um feito inédito no Brasil.
Se foram contadas as principais competições de basquete, de vôlei e de futsal do país, o clube mineiro está bem próximo de ser o primeiro a conquistar quatro títulos nacionais em um mesmo ano.
"Isso mostra o sucesso de nosso trabalho de base. Sempre fomos formadores de talentos, mas perdíamos os atletas por falta de patrocínio. Agora, estamos nos consolidando como um clube de ponta", afirma o presidente do Minas, Kouros Monadjemi.
No vôlei, o Minas já ganhou, em 2002, as Superligas masculina e feminina. No futsal, o clube conquistou a Taça Brasil, disputada em Carlos Barbosa (RS), ao bater o Banespa na decisão, por 3 a 2.
Os títulos começaram no final de 2001. Sem contar com grandes estrelas, o clube ganhou o Torneio Rio-São Paulo-Minas, ao derrotar o favorito Fluminense na final.
"Quando uma equipe ganha um campeonato dizem que foi sorte. No segundo título, já é por competência. Podemos chegar ao terceiro", diz Guilherme Brandão, coordenador de futsal do Minas.
As três conquistas nacionais obtidas pelo clube até aqui igualam os feitos do Vasco, há dois anos, e da Nossa Caixa, em 1994.
Em 2000, o clube carioca foi campeão do Nacional masculino de basquete, além de ganhar os dois troféus mais importantes do futsal: a Taça Brasil e a Liga.
Há oito anos, a Nossa Caixa, venceu os antigos Brasileiros de vôlei masculino e feminino, além da falecida Taça Brasil feminina de basquete. Porém o banco estatal entrou apenas como patrocinador de Suzano (vôlei masculino), Recra (vôlei feminino) e Ponte Preta (basquete feminino).
As recentes conquistas do Minas no vôlei foram fruto de relações antigas com patrocinadores. A Telemig bancou o time tricampeão da Superliga masculina, que conta com a base da seleção.
O time reúne algumas das principais jogadoras do país -Érika, Fofão e Elisângela, que, antes de pedirem dispensa da seleção, eram titulares do Brasil.
"Além de termos uma ótima estrutura de treinamento, colocamos o Rizola [Antônio, técnico do MRV" na supervisão de todas as categorias do clube. Assim, temos uma ligação entre o profissional e a base, que garante espaço para novos talentos", disse Ricardo Santiago, diretor do departamento de vôlei feminino do clube.
Para esta temporada, o Telemig-Minas perdeu dois se seus selecionáveis -Dante, que vai para o Modena (Itália), e André Nascimento, que atuará no Panathinaikos (Grécia). Vieram Xanxa (ex-Ulbra) e Ashlei (ex-Uneb), uma das revelações da Superliga.
"Perdemos dois "imperdíveis" e, ainda assim, mantemos o nível, apostando nos jovens. Os contratados não são nomes de peso. Fica mais barato para o patrocinador. Ele gosta", afirma Monadjemi.
Já a equipe feminina, que ganhou mais um patrocinador, a RM Sistemas, renovou o contrato de quase todas as atletas. A única que ainda não acertou foi a ponta romena Cristina Pirv. O Minas é um dos poucos times do país que ainda contrata estrangeiras.


Texto Anterior: Botafogo-RJ irá usar três volantes contra o Toluca
Próximo Texto: Assediado, clube ambiciona título no basquete
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.