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Homens ditam Brasil olímpico
Delegação de 277 atletas será menos feminina em Pequim graças à entrada da seleção de Dunga
Mulheres ganham 7,4% a
mais de vagas, crescimento
menor do que os 16,8%
da equipe masculina em
relação aos Jogos de Atenas
DA REPORTAGEM LOCAL
O futebol deixará a delegação
brasileira menos feminina nos
Jogos de Pequim. Impulsionada pela classificação do time de
Dunga, a fatia masculina dos
277 atletas olímpicos deu salto
de 16,8% em relação a Atenas.
É o maior crescimento desde
a Olimpíada de Los Angeles-1984, quando a equipe contou
com 129 homens, 37,2% a mais
do que em Moscou-1980.
O Brasil deve ter 146 vagas
masculinas na Olimpíada, 18
delas destinadas à seleção de
futebol. Há quatro anos,125
atletas viajaram à Grécia.
Ontem foi o último dia estabelecido pelo Comitê Olímpico
Brasileiro para a obtenção de
vagas nos Jogos de Pequim. Segundo dados da entidade, o
Brasil tinha 277 atletas até o fechamento desta edição.
A participação feminina na
delegação também cresceu,
mas em ritmo bem menos intenso do que na última edição
dos Jogos. As brasileiras representam 47,3% do grupo que vai
à China. São 131 mulheres, 7,4%
a mais do que em Atenas. Naquela Olimpíada, as 122 atletas
classificadas eram 49,8% da delegação, incremento de 29,8%
em relação a Sydney-2000.
O crescimento da delegação
feminina é o menor desde os
Jogos de Tóquio-1964, quando
o Brasil disputou o evento com
uma mulher, mesmo número
das duas edições anteriores.
Na Cidade do México, em
1968, a delegação tinha três
mulheres. O número ainda era
pequeno, mas na época representava um salto de 200%.
O Brasil levará número recorde de atletas à Olimpíada,
distribuídos por 32 modalidades, outro recorde.
Anteontem, Poliana Aparecida de Paula, 18, quebrou tabu e
se tornou a primeira mulher do
país a se classificar na canoagem slalom. Ela ganhou a vaga
no K1 graças a dupla desistência. Sarah Sonia Dupire, da Argélia, anunciou que não vai aos
Jogos por problemas particulares. O posto seria do Quênia, segundo no classificatório africano, que também desistiu.
Em modalidades com disputas nos dois sexos, as brasileiras
não conseguiram se classificar
para esgrima, tênis, tiro com
arco e tiro. Os homens ficaram
fora das disputas de basquete,
lutas e pentatlo moderno.
Na luta olímpica, Rosângela
Conceição também quebrou
tabu. A ex-judoca será a primeira brasileira a disputar os Jogos
Olímpicos na modalidade.
Outro crescimento feminino
foi visto no atletismo. Até ontem, o Brasil tinha 15 atletas
classificadas, além de dois revezamentos (4 x 100 m e 4 x 400
m), que aumentariam esse número. Os homens possuíam 20
vagas e um revezamento (4 x
100 m). A principal candidata o
pódio é uma mulher, Maurren
Maggi, no salto em distância.
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