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BASQUETE
Ganhar de muito ou entregar o jogo é o dilema da seleção ante a Austrália
DO ENVIADO A ATENAS
Para evitar um confronto prematuro com os EUA, a seleção feminina busca hoje repetir, no torneio olímpico de basquete, um
feito de 37 anos atrás. A equipe
precisa bater a Austrália por 15
pontos de diferença para terminar em primeiro no seu grupo.
Caso contrário, pode entregar a
vitória para ficar em terceiro na
chave. Em ambos os casos, evitaria as americanas antes de um hipotético confronto pelo ouro.
"Se der, vamos buscar a primeira colocação. Mas ganhar de cinco
pontos não é vantagem. Não seria
interessante cruzar com as americanas na semifinal", admite Janeth, que pondera: "É uma decisão que cabe à comissão técnica".
A única vez que o Brasil bateu a
Austrália por 15 pontos ou mais
de diferença foi no Mundial-67,
quando venceu por 74 a 58. Desde
então, em Mundiais ou Olimpíadas, foram seis vitórias para a
Austrália e uma para o Brasil.
Em Olimpíadas, a seleção perdeu as duas partidas que fez contra a Austrália, ambas em Sydney.
No último confronto, porém, no
Mundial-02, a equipe comandada
pelo treinador Antonio Carlos
Barbosa venceu por 75 a 74.
Repetir aquele resultado, agora,
não interessa. "Acho que temos
que pensar no torneio inteiro. É
mais interessante pegar a Espanha nas quartas-de-final", diz Janeth, que lamenta a situação. "Isso aconteceu porque a Rússia perdeu para a Austrália por 19 pontos. Não foi um placar normal."
Se o Brasil passar pela Austrália,
haverá um tríplice empate na primeira colocação. Nesse caso, o
critério de desempate é o saldo de
pontos do confronto direto entre
Austrália, Brasil e Rússia.
O problema é que as australianas estão com saldo de 19. Já o
Brasil, que perdeu para as russas,
está com um débito de dez.
A Rússia, com um saldo negativo de nove pontos, não tem mais
chance de ficar na ponta. Além
disso, depende do Brasil para definir sua colocação no grupo.
"Não vou colocar as jogadoras
na quadra para perder", afirma
Barbosa, contestando Janeth.
As australianas são, junto com
os EUA, as únicas invictas no torneio. O time foi vice em Sydney-2000 e medalha de bronze no
Mundial da China-2002.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
NA TV - Band, Globo, ESPN
Brasil, Sportv Brasil, ao vivo,
às 8h30
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