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VÔLEI
Veloz, seleção fura muralha russa e garante vaga antecipada
DO ENVIADO A ATENAS
Com velocidade, como queria o
técnico Bernardinho, a seleção
masculina de vôlei destruiu a muralha russa, manteve sua invencibilidade no torneio olímpico e assegurou, com uma rodada de antecedência, a vaga para o mata-mata de quartas-de-final.
O triunfo sobre a Rússia, em um
Estádio da Paz e Amizade que
contou com 5.400 torcedores, foi
o quarto passo cumprido pelo
Brasil na chamada "missão Atenas", termo utilizado por Bernardinho para se referir à campanha
que visa à medalha de ouro.
Antes de derrubar os russos por
3 a 0 (25/19, 25/13 e 25/23), a equipe havia batido, pela ordem, Austrália (3 a 1), Itália (3 a 2) e Holanda (3 a 1). Líder do Grupo B, o
Brasil encerra sua participação na
primeira fase amanhã, às 15h30,
contra os EUA. A vitória vale a
primeira colocação na chave.
Bem mais baixos que os russos
(média de 1,94 m contra 2,02 m),
os brasileiros fizeram uma partida quase perfeita, superando-os
no bloqueio (10 pontos a 5) e no
saque (5 pontos feitos, nenhum
tomado). Erraram menos (11 a 15)
e, para completar, anularam o gigante Dyneikyn, de 2,15 m, maior
pontuador do time nos Jogos
-ontem, marcou só um.
"A equipe entrou concentrada
do primeiro ao último ponto. Fizemos uma grande partida", afirmou o central Gustavo.
"Tivemos empenho tático, e tudo funcionou bem. Bloqueio, defesa, saque, cobertura, ataque. Tudo. Conseguimos matá-los. Valeu", acrescentou o líbero Escadinha, que ontem registrou 2,67 defesas por set -é, após quatro rodadas, o segundo melhor de sua
posição na competição, atrás só
do francês Henno.
Foi a quinta vitória do Brasil
contra a Rússia em seis jogos na
era Bernardinho -desde 2001.
"A equipe foi consistente. Foi o
que eu pedi a eles. E tem que ser
mais consistente daqui para a
frente", disse Bernardinho.
O técnico destacou também a
força do conjunto. "Fiquei feliz
que não teve nenhum herói, todos
foram muito bem, ninguém especificamente sobressaiu."
Gustavo, com 15 pontos, e Giba
e Dante, com 14, foram os principais anotadores. André Nascimento somou outros oito.
Os jogadores pareceram estar
cientes de que é preciso repetir
atuações como a de ontem na reta
decisiva da Olimpíada.
"Não podemos estar contentes.
Temos que crescer mais ainda",
declarou o ponta Dante.
O ouro olímpico, que já foi obtido em Barcelona-92 pela seleção
masculina (então sob o comando
de José Roberto Guimarães, hoje
responsável pelo time feminino),
é o único título de primeira linha
que falta à "família Bernardinho"
-o técnico mantém a mesma base desde que assumiu.
Desde então, o Brasil foi campeão mundial, levou três vezes a
Liga Mundial e venceu a Copa do
Mundo. Ao todo, foram 11 ouros
em 14 torneios.
A seleção brasileira atingiu ontem uma invencibilidade de 31 jogos em torneios oficiais. A última
derrota foi há um ano e oito dias,
no Pan de Santo Domingo, para a
Venezuela.
(LC)
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