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MEMÓRIA
Em 78, Guarani foi ao ataque e calou multidões
DA REPORTAGEM LOCAL
O único clube campeão brasileiro da história sediado fora
da capital de um Estado não
chegou ao título por acaso.
Em 1978, o Guarani de Campinas tinha um time recheado
de craques e que aguentou a
pressão de estádios lotados nos
momentos mais decisivos.
Dirigida por Carlos Alberto
Silva, a equipe do interior paulista tinha apenas um volante
defensivo (Zé Carlos). Na frente, dois meias ofensivos (Renato e Zenon) e três atacantes
(Capitão, Careca e Bozó).
Mesmo com muita gente atacando, era uma equipe equilibrada, tanto que terminou sua
participação com um saldo de
35 gols, o oitavo maior das quase 1.500 campanhas da história
do Campeonato Brasileiro.
O Guarani foi o único clube
do interior que não sucumbiu a
um estádio lotado dos grandes
centros na hora decisiva.
Naquele ano, o time passou
pelo Vasco nas semifinais. No
jogo realizado no Maracanã,
venceu por 2 a 1 diante de 102
mil torcedores. No primeiro jogo da decisão, no Morumbi, vitória por 1 a 0 com 100 mil palmeirenses nas arquibancadas.
Outros times interioranos
que brilharam no Campeonato
Nacional falharam nos momentos mais importantes.
Isso aconteceu com o próprio
Guarani. Em 1986, novamente
com um time ofensivo (Evair e
João Paulo eram os principais
destaques), o clube caiu na decisão, em Campinas, diante do
São Paulo nos pênaltis.
Em 1991, também fazendo o
segundo jogo da decisão em casa, o Bragantino, na época comandado por Carlos Alberto
Parreira, perdeu para o mesmo
São Paulo. Mais recentemente,
o São Caetano falhou duas vezes. Na edição de 2000, o clube
do ABC paulista foi batido pelo
Vasco. No ano passado, perdeu
para o Atlético-PR.
(PC)
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