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BASQUETE
Vitória vale permanência do time feminino entre os 4 melhores do planeta
Brasil enfrenta Coréia para ir às semifinais do Mundial
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Contra um adversário perigoso,
a Coréia do Sul, o Brasil busca
uma vaga nas semifinais do Mundial feminino da China. Desde
1994, quando foi campeã mundial
na Austrália, a seleção nacional
tem se mantido entre as quatro
principais equipes do planeta.
O jogo será disputado na madrugada de amanhã, às 2h (horário de Brasília), em Nanjing.
Nas quartas-de-final, a equipe
brasileira entra na condição de favorita. O time derrotou a Austrália anteontem, por 75 a 74, feito
que não conseguia em competições oficiais havia dez anos.
Com a vitória, terminou a segunda fase em primeiro lugar de
seu grupo e enfrenta um adversário teoricamente mais frágil.
Além disso, caso supere seu rival de hoje, enfrentará, na semifinal, o vencedor do confronto entre China e Rússia. A seleção brasileira só pegará os EUA, atuais
campeões mundiais e olímpicos,
caso chegue à decisão.
A campanha brasileira é bem
superior à das adversárias. A
equipe do técnico Antonio Carlos
Barbosa tem cinco vitórias e apenas uma derrota, para a Espanha.
Já a Coréia do Sul conquistou
sua vaga nas quartas-de-final só
na última rodada da segunda fase,
após bater a Lituânia por 76 a 70.
O time conta com um retrospecto de três vitórias e três derrotas, o pior entre as seleções que
ainda disputam o título.
Apesar da aparente fragilidade
das rivais, as brasileiras temem os
confrontos eliminatórios. Um
tropeço significaria o fim do sonho de conquistar uma medalha.
"Daqui para frente tudo é mais
difícil. Mas temos todas as condições de vencer os próximos adversários, começando pela Coréia
do Sul. Se entrarmos com a mesma determinação que tivemos
contra a Austrália, acredito que
conseguiremos outra vitória",
disse a ala-armadora Silvinha.
O Brasil guarda boas recordações dos confrontos contra as sul-coreanas. A seleção brasileira bateu a equipe asiática duas vezes
em disputas por medalhas.
No Mundial de 1971, disputado
em São Paulo, a seleção brasileira
venceu as asiáticas por 70 a 63 e
ganhou o bronze, conquistando
sua primeira medalha no torneio.
No último confronto entre as
duas equipes, há dois anos, pelos
Jogos de Sydney (Austrália), o
Brasil precisou de uma prorrogação para superar a Coréia do Sul.
No final, com 28 pontos da ala
Janeth e 26 da pivô Alessandra, a
seleção nacional venceu por 84 a
73 e ficou com o terceiro lugar.
Apesar disso, porém, é a Coréia
do Sul quem leva vantagem contra o Brasil em jogos de Mundiais.
Foram cinco partidas, com três vitórias das asiáticas, nas edições de
1975, 1983 e 1986, contra duas das
sul-americanas, em 1971 e 1998.
"A Coréia do Sul vem fazendo
uma campanha irregular neste
Mundial. Mas é um adversário
que costuma dificultar o jogo e
merece todo nosso respeito", destacou o técnico Barbosa.
Na partida de hoje, a Coréia do
Sul deve apostar nos arremessos
de Yeong Ok-kim e Yeon Ha-beon, que estão entre as quatro
atletas com melhor média de
acerto na linha de três pontos.
No garrafão, porém, o domínio
deve ser do Brasil. As sul-coreanas pegam, em média, só 24,8 rebotes por partida. As brasileiras
estão entre as melhores no fundamento, com 37,3 bolas recuperadas sob a tabela a cada jogo.
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