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BASQUETE
Entidade diz que torneio volta no ano que vem
CBB aposta em renovação, mas cancela Nacional juvenil de 2003
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A maior aposta da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), a
renovação dos atletas do país, será
prejudicada neste ano com o cancelamento do Brasileiro juvenil.
Competição importante para a
descoberta de talentos fora do eixo Rio-São Paulo, o torneio não
irá acontecer, segundo a entidade,
por problemas de calendário.
"Neste ano, especificamente, o
Brasileiro juvenil não ocorrerá.
Demos prioridade ao infanto-juvenil, que terá Sul-Americano",
diz Gerasime Bozikis, o Grego,
presidente da CBB, referindo-se
ao torneio marcado para novembro, ainda sem local definido.
Segundo o dirigente, a falta de
um patrocinador principal, desde
a saída da CEF (Caixa Econômica
Federal), há dois anos, não motivou o cancelamento do torneio.
"Não foi por problema financeiro. Tínhamos dinheiro para realizar o campeonato", afirma Grego,
que embarcaria ontem para reunir-se com os presidentes das federações do Nordeste para discutir a exclusão do torneio juvenil-2003, entre outras questões.
"Desde que entrei na CBB, realizamos 86 campeonatos de base. O
meu antecessor [Renato Brito
Cunha] fez apenas 24 em nove
anos", argumenta Grego.
Para o presidente da CBB, os
possíveis efeitos maléficos do
cancelamento da competição serão sanados com a implantação
de outras iniciativas da entidade.
"Continuaremos a fazer o desenvolvimento de talentos e, em
maio, pretendemos implantar
nosso projeto social com crianças
carentes. Estamos buscando viabilizar essa iniciativa com o Ministério do Esporte", conta ele.
As duas iniciativas citadas, porém, saíram pouco do lugar.
O projeto social da CBB prevê a
implantação de núcleos em comunidades carentes de dez Estados. A iniciativa pretende beneficiar inicialmente 4.000 crianças.
A idéia da entidade é chegar a
todos os Estados brasileiros até o
ano que vem. Para isso, precisaria
de apoio financeiro do Ministério
do Esporte, que sofreu um corte
drástico em seu orçamento e terá
dificuldade para realizar os programas sociais pretendidos.
Já o projeto de desenvolvimento de talentos, após vários adiamentos, realizou, neste mês, seu
primeiro módulo, para garotos
de 18 a 19 anos. O técnico Antonio
Carlos Barbosa, da seleção feminina, dirige a iniciativa, que também conta com a supervisão de
Aluísio Ferreira, o Lula, treinador
da equipe masculina.
O excesso de compromissos do
treinador, que também dirige o
COC/Ribeirão, dificulta o acompanhamento melhor do desenvolvimento de talentos por parte
da comissão técnica da seleção.
A ascensão de Lula ao comando
da equipe brasileira, no final de
2002, aliás, mostrou a intensificação da aposta da CBB na renovação. O técnico é conhecido por
trabalhar com atletas jovens.
Na pré-convocação, no mês
passado, Lula deixou clara essa
opção, tirando da lista veteranos
como os alas Rogério, 31, e Vanderlei, 30, e o pivô Sandro, 30.
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