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Antes da sétima rodada do campeonato, que coloca em evidência quatro novos treinadores, sete equipes já haviam trocado sua comissão técnica
Rodada escancara ciranda da prancheta no Nacional
RICARDO PERRONE
RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Manter o treinador é uma orientação básica para quem vai disputar um campeonato de pontos
corridos. Mas a sétima rodada do
Brasileiro confirma que essa receita foi jogada de vez no lixo.
Leão estréia no Cruzeiro. Zetti
começa o trabalho no Guarani.
Wilson Coimbra será interino no
Palmeiras. E Mauro Galvão largou ontem no Botafogo com um
empate com o Figueirense. Antes
desta rodada, sete clubes já haviam trocado de treinador.
No ano passado, quando nasceu
o Nacional de pontos corridos,
apenas dois clubes tinham dispensado o técnico até a sétima rodada, segundo o Datafolha.
Nesta temporada, alguns dos favoritos ao título fizeram trocas. O
clássico entre Santos e Palmeiras
simboliza a falta de paciência nesta temporada. Vanderlei Luxemburgo faz seu segundo jogo no
torneio, e Wilson Coimbra quebra um galho até o acerto do clube
com um profissional experiente.
O Santos e o Atlético-PR já foram dirigidos neste Nacional por
três pessoas diferentes cada um.
Luxemburgo fez um troca-troca
com Leão, que foi para o Cruzeiro. Até interino caiu neste ano
-Julio Pizza, do Atlético-PR.
Nesta ""ciranda", os profissionais mais badalados viraram
coadjuvantes. Os comandantes
que já venceram o Brasileiro estão
mal colocados na tabela.
Até o início da rodada, as primeiras colocações pertenciam a
Cuca (São Paulo), que chegou credenciado pelo bom trabalho no
Goiás, Dorival Júnior (Figueirense), Vágner Benazzi (Criciúma),
Paulo César Gusmão, que só deixou o Cruzeiro por ter fracassado
na Libertadores, Lori Sandri (Internacional), Estevam Soares
(Ponte Preta) e Agnaldo Liz (Vitória). Todos sonham com o primeiro título nacional na elite.
Entre os medalhões, a primeira
vítima foi Joel Santana, campeão
do Brasileiro de 2000, com o Vasco. No comando do Guarani, o
técnico carioca não resistiu ao
mau começo e foi demitido. "Não
houve planejamento. O elenco era
recém-formado, com atletas fora
de forma e voltando de contusão.
Em um mês eu tinha que montar
um carro novo. Aí não teve jeito",
disse Santana, ainda sem clube.
Leão, campeão brasileiro com o
Santos em 2002, também não suportou o início oscilante do seu time e, demitido com apenas 25%
de aproveitamento, trocou a Vila
Belmiro pela Toca da Raposa.
Luxemburgo, com quatro títulos do Nacional, perdeu o último
jogo para o Atlético-PR e vê o agora seu Santos com só seis pontos.
Apesar da vitória no último
confronto, diante do Guarani, Oswaldo de Oliveira, campeão com
o mesmo Corinthians em 1999,
segue pisando em ovos no clube.
Acostumado a administrar as
seguidas crises no Parque São Jorge, o técnico apresenta um índice
de 38% no torneio e sofre rejeição.
"Estamos em início de campeonato e muita coisa vai acontecer.
Confio no grupo e no trabalho
que estamos realizando."
A lista de técnicos campeões
que começaram o Brasileiro com
o pé esquerdo apresenta ainda
Antônio Lopes (levou o vasco ao
título em 97), com os mesmos
38% de Oliveira, e Geninho, que
beira a zona de rebaixamento e
mostra pífios 27% de aproveitamento com o combalido Vasco.
"Fomos prejudicados com as
contusões de jogadores importantes, como Marcelinho e Beto.
Mas com o retorno deles, a chegada do Petkovic e o Valdir na frente, acredito que as coisas mudem", afirmou o treinador, campeão com o Atlético-PR em 2001.
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