|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
QUARTAS/ ONTEM
Time fica entre os 4 sem vencer rivais de peso
Turcos traçam rota inédita até a semifinal
DO ENVIADO A GWANGJU
O adversário do Brasil nas semifinais da Copa-2002 trilhou um
caminho com obstáculos inéditos
para um país que já ficou entre os
quatro melhores da competição
em toda a história.
A Turquia é o primeiro time que
vai às semifinais do Mundial sem
ter vencido na sua campanha um
rival sequer da Europa ou da
América do Sul, as duas regiões
que conquistaram todos os títulos
do torneio até hoje.
O próximo rival brasileiro venceu duas seleções asiáticas (China
e Japão) e uma africana (Senegal).
Empatou com um adversário da
América Central (Costa Rica) e
perdeu o único jogo que fez contra uma equipe do primeiro mundo da bola (Brasil).
Assim, não chega ao momento
decisivo com vitórias sobre oponentes poderosos como outras
surpresas de Copas passadas.
Em 1998, por exemplo, a Croácia, que estreava na competição,
tinha vencido Romênia e Alemanha antes de chegar às semifinais.
Quatro anos antes, nos EUA, a
Bulgária tinha batido argentinos e
alemães antes de cair nas semifinais diante da poderosa Itália.
Outro parâmetro atual, o ranking de seleções elaborada pela
Fifa, mostra também que os turcos tiveram sorte na sua trajetória
no Mundial asiático.
Das três vitórias da equipe, a obtida contra o rival de melhor colocação na lista da entidade aconteceu contra o Japão, 32º colocado.
A China é só a 50ª desse ranking,
enquanto Senegal é o 42º.
Apesar de contar com a ajuda
dos juízes, a Coréia do Sul, outra
grande surpresa das semifinais da
Copa-2002, teve o mérito de eliminar adversários bem mais poderosos. Os anfitriões superaram
Portugal (quinto no ranking), Itália (sexto) e Espanha (oitavo).
Esta é a segunda vez que a Turquia disputa uma Copa do Mundo. Na primeira, em 1954, só teve sucesso também quando enfrentou um time de fora do eixo dominante da bola -a então modesta Coréia do Sul, que perdeu por 7 a
0.(PAULO COBOS)
Texto Anterior: Pingue-Pongue: Herói da vitória, Mansiz vê missão quase impossível Próximo Texto: Memória: Brasil sempre acaba campeão quando repete adversários Índice
|