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Após 24 anos, Espanha volta ao top 4 da Europa
Seleção supera Itália nos pênaltis e chega a sua primeira semifinal desde 1984
Time espanhol, que pegará a Rússia, é o único entre os semifinalistas que terminou a primeira fase da Eurocopa no 1º lugar de seu grupo
DA REPORTAGEM LOCAL
Por 24 anos a Espanha se
acostumou a perecer antes das
semifinais nos grandes torneios que disputou. Mas ontem, em Viena, a "maldição"
das quartas-de-final acabou.
Após 120 minutos sem gols,
os espanhóis eliminaram a Itália da Eurocopa nas cobranças
de pênaltis (4 a 2) e agora sonham em buscar pela segunda
vez o título do torneio continental de seleções.
Desde 1984 a Espanha não
avançava a uma fase tão aguda
nos grandes torneios que participou (Eurocopa e Copa do
Mundo). A última vez foi no
torneio europeu realizado há
24 anos, quando foi até a final,
mas perdeu para a França do
agora ex-jogador (e atual presidente da Uefa) Michel Platini.
A Espanha, que só tem o título europeu de 1964 no currículo, terá como adversário nas semifinais a Rússia, a quem goleou na primeira fase por 4 a 1,
na estréia das duas seleções na
competição deste ano.
A equipe ibérica, aliás, joga
agora pela "honra" dos melhores times da fase de grupos da
Euro (que neste ano tem como
sedes Suíça e Áustria). É a única
entre as quatro remanescentes
que terminou em primeiro lugar de sua chave.
A classificação espanhola foi
sofrida. Só aconteceu na última
cobrança de pênalti, convertida
pelo meia Fàbregas. Antes disso, o goleiro Casillas havia defendido os chutes dos italianos
De Rossi e Di Natale.
Foi a primeira vez na história
dos confrontos entre as duas
seleções que os espanhóis bateram os tetracampeões mundiais em partida da Eurocopa.
O resultado dos pênaltis, na
verdade, acabou premiando a
seleção que dominou grande
parte dos 120 minutos do duelo
na capital austríaca.
A Itália entrou em campo
com sua estratégia mais tradicional. Apostou na eficiência
defensiva e recuou, à espera de
erros do adversário, para tentar
vencer o jogo com gol nascido
em um contra-ataque.
A primeira parte da proposta
foi executada com razoável
competência. Os zagueiros italianos conseguiram manter os
espanhóis longe de sua área.
Com isso, a Espanha, que
passou 56% do tempo com a
posse da bola, era obrigada a arriscar arremates de qualquer
parte do campo. Foram 21 chutes no total, mas a maioria (15)
sem direção certa, segundo as
estatísticas da Uefa. As tentativas certas paravam em Buffon.
Mas, se eram competentes
para destruir, os italianos patinavam para criar. Sem o suspenso Pirlo, seu principal armador, a bola só chegava ao atacante Toni em cruzamentos.
E o jogo se arrastou assim até
o término da prorrogação.
Nas cobranças de pênaltis,
Villa, o artilheiro da Eurocopa,
com quatro gols, abriu o caminho. O maior momento de
apreensão dos espanhóis ocorreu quando Güiza desperdiçou
logo depois de Casillas fazer
sua defesa. Logo em seguida,
porém, Casillas fez nova defesa.
"Perder nos pênaltis é sempre decepcionante, mas os rapazes podem sair orgulhosos",
disse o técnico italiano, Roberto Donadoni. "Amanhã [hoje]
começa uma nova vida."
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