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análise
Piloto chega ao lugar onde deveria estar
FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
Mais por respeito do que
por torcida, é comum as salas
de imprensa da F-1 aplaudirem o piloto vitorioso assim
que ele rasga a linha de chegada. Ontem, contam amigos, não foi assim.
Houve silêncio. Só.
Avance alguns minutos.
Felipe Massa, já no paddock, é instado a se comparar
com Ayrton Senna e com
Nelson Piquet, respectivamente os últimos brasileiros
a liderar um Mundial e a vencer em solo francês. Refuta.
Declara apenas que é "pequenininho perto deles".
Bingo.
Desde a chegada à F-1, em
2002, Massa sempre foi tratado como um azarão, no
sentido mais pejorativo do
termo. É produto de uma escola fraca (correu a F-3000
européia), afilhado de Jean
Todt (imã de antipatias no
paddock), sucessor de Rubens Barrichello (não exatamente um grande ídolo).
Mais: Massa não faz questão de se impor no grito, não
promete títulos e evita comparações. Para aparecer, prefere a rota mais longa, a dos
resultados na pista.
Como as três poles e três
vitórias em oito GPs no ano.
Conquistas que o colocam
onde deveria estar: na ponta
do Mundial. Porque, no cálculo "piloto+carro" que determina sucessos e insucessos na F-1, ele e a Ferrari formam hoje o conjunto mais
embalado do grid.
Massa será campeão?
A prudência diz que ainda
faltam dez provas e que Raikkonen, excelente piloto, não
está morto. O histórico recente crava que, se tudo continuar assim, será.
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