São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2008

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Brasil tenta apagar quedas no Brasil

No Rio, seleção masculina de vôlei busca oitavo título da Liga diante de retrospecto desfavorável em decisões no país

Equipe caiu em duas das três finais da Liga em casa, e o técnico Bernardinho soma diante de seus torcedores três das cinco taças perdidas


SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Ao abrir a fase final da Liga Mundial hoje, às 10h, diante da Rússia, no Maracanãzinho, no Rio, a seleção masculina de vôlei terá duas estatísticas contrárias para superar.
Em casa, o time só foi campeão da Liga uma vez, nas três em que abrigou a fase final.
Com Bernardinho, que assumiu o time em 2001, jogar em quadras brasileiras não foi garantia de título. O ouro diante da torcida só veio em dois Sul-Americanos (2003 e 2005) e no Pan-2007. Em outros três torneios no país, a seleção foi vice.
Até hoje, com o treinador, a equipe conquistou 21 títulos.
Não subiu ao topo do pódio em outras cinco competições, sendo três disputadas no Brasil: as edições da Copa América de 2005 e 2007 (perdendo ambas para os EUA) e a Liga-2002 (caindo frente aos russos).
Sob o comando de Bernardinho, a seleção também não levou o ouro na Copa dos Campeões de 2001, vencida por Cuba, e no Pan-2003, ganho pela Venezuela, que bateu os brasileiros na fase semifinal.
Como local, o Brasil faturou apenas o título da Liga de 1993, em São Paulo, na primeira vez que recebeu a fase decisiva do torneio. Dois anos depois, no Rio, perdeu a final para a Itália.
Em 2002, em Belo Horizonte, o time foi superado pela Rússia e ficou com o vice-campeonato.
Inverter a estatística desfavorável em casa irá igualar o Brasil à Itália em número de conquistas da competição.
Com a melhor campanha nesta edição, a seleção tem sete troféus, contra oito dos europeus, os maiores vencedores e ausentes das finais deste ano.
Os brasileiros vêm de cinco ouros na Liga consecutivos, todos fora do país. No primeiro ano de Bernardinho como técnico do selecionado masculino, o time também venceu a disputa, longe dos torcedores.
O treinador não esconde a importância de vencer a Liga no Rio. Ele acredita que uma eliminação no Maracanãzinho poderá mergulhar a equipe numa crise às vésperas da Olimpíada. Faltam 16 dias para a abertura dos Jogos de Pequim.
""Por estarmos em casa, só temos a perder. Se ganharmos, pode criar uma ilusão para a Olimpíada. Se perdermos, pode haver uma crise nacional. Por isso, temos que desvincular uma coisa da outra", disse o treinador, que não gostaria de enfrentar as principais seleções tão perto da Olimpíada.
""Jogar muito contra essas seleções cria uma intimidade que não é boa. Seria bom se eles continuassem nos reverenciando, achando que não poderiam nos vencer, o que nós sabemos que não é verdade", declarou Bernardinho.
O capitão Giba ressaltou que o time não pode "cair na armadilha" de que tudo está a seu favor. "Sabemos que será muito complicado", afirmou o ponta.
Na sexta, a seleção enfrentará o Japão, que foi convidado pela federação internacional para as finais. Dois times desse grupo irão às semifinais.


NA TV - Brasil x Rússia
Sportv, ao vivo, às 10h




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