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Brasil tenta apagar quedas no Brasil
No Rio, seleção masculina de vôlei busca oitavo título da Liga diante de retrospecto desfavorável em decisões no país
Equipe caiu em duas das três finais da Liga em casa, e o técnico Bernardinho soma
diante de seus torcedores
três das cinco taças perdidas
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Ao abrir a fase final da Liga
Mundial hoje, às 10h, diante da
Rússia, no Maracanãzinho, no
Rio, a seleção masculina de vôlei terá duas estatísticas contrárias para superar.
Em casa, o time só foi campeão da Liga uma vez, nas três
em que abrigou a fase final.
Com Bernardinho, que assumiu o time em 2001, jogar em
quadras brasileiras não foi garantia de título. O ouro diante
da torcida só veio em dois Sul-Americanos (2003 e 2005) e no
Pan-2007. Em outros três torneios no país, a seleção foi vice.
Até hoje, com o treinador, a
equipe conquistou 21 títulos.
Não subiu ao topo do pódio em
outras cinco competições, sendo três disputadas no Brasil: as
edições da Copa América de
2005 e 2007 (perdendo ambas
para os EUA) e a Liga-2002
(caindo frente aos russos).
Sob o comando de Bernardinho, a seleção também não levou o ouro na Copa dos Campeões de 2001, vencida por Cuba, e no Pan-2003, ganho pela
Venezuela, que bateu os brasileiros na fase semifinal.
Como local, o Brasil faturou
apenas o título da Liga de 1993,
em São Paulo, na primeira vez
que recebeu a fase decisiva do
torneio. Dois anos depois, no
Rio, perdeu a final para a Itália.
Em 2002, em Belo Horizonte, o
time foi superado pela Rússia e
ficou com o vice-campeonato.
Inverter a estatística desfavorável em casa irá igualar o
Brasil à Itália em número de
conquistas da competição.
Com a melhor campanha
nesta edição, a seleção tem sete
troféus, contra oito dos europeus, os maiores vencedores e
ausentes das finais deste ano.
Os brasileiros vêm de cinco
ouros na Liga consecutivos, todos fora do país. No primeiro
ano de Bernardinho como técnico do selecionado masculino,
o time também venceu a disputa, longe dos torcedores.
O treinador não esconde a
importância de vencer a Liga
no Rio. Ele acredita que uma
eliminação no Maracanãzinho
poderá mergulhar a equipe numa crise às vésperas da Olimpíada. Faltam 16 dias para a
abertura dos Jogos de Pequim.
""Por estarmos em casa, só temos a perder. Se ganharmos,
pode criar uma ilusão para a
Olimpíada. Se perdermos, pode
haver uma crise nacional. Por
isso, temos que desvincular
uma coisa da outra", disse o
treinador, que não gostaria de
enfrentar as principais seleções
tão perto da Olimpíada.
""Jogar muito contra essas seleções cria uma intimidade que
não é boa. Seria bom se eles
continuassem nos reverenciando, achando que não poderiam nos vencer, o que nós sabemos que não é verdade", declarou Bernardinho.
O capitão Giba ressaltou que
o time não pode "cair na armadilha" de que tudo está a seu favor. "Sabemos que será muito
complicado", afirmou o ponta.
Na sexta, a seleção enfrentará o Japão, que foi convidado
pela federação internacional
para as finais. Dois times desse
grupo irão às semifinais.
NA TV - Brasil x Rússia
Sportv, ao vivo, às 10h
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