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Noite de festa tem galinha e
rimas bizarras
DO ENVIADO A GARANHUNS
Garanhuns parou para ver o
Palmeiras passar. Era fim de
tarde no agreste, e um mini-engarrafamento na rua que levava ao acanhado estádio Gigante
do Agreste indicava que a noite
seria de festa. O vermelho e o
preto dominavam a paisagem.
Fora do estádio havia de tudo, até um comerciante que
abordou a reportagem para
tentar negociar uma galinha viva que carregava nas mãos.
Zé do Rádio, um boneco gigante símbolo da torcida rubro-negra, foi mais aplaudido
que o próprio time da casa
quando chegou ao estádio.
Dentro do Gigante, os torcedores não paravam de se provocar. "Ugem, ugem, ugem, o
Leão tá com rabugem", gritavam os palmeirenses. Leão é o
apelido do Sport. Rabugem, espécie de sarna. Os rubro-negros respondiam: "Mundiça,
mundiça". Mundiça quer dizer
ralé, mas também imundos, referência ao apelido de ""porco"
do rival. A resposta era imediata: "1,2,3, mundiça são vocês".
Provocações à parte, boa parte dos palmeirenses de Garanhuns dizia estar vendo seu time pela primeira vez. Mas se
era motivo de alegria, também
servia para lamúrias. "Dói saber que eles nunca mais vêm
jogar aqui", dizia a estudante
Michele Borges, 18.
(FM)
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