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Supeitos de falsificação são presos no Rio e PR
Quadrilha conhecia senhas de códigos de barras para passagem por catracas
Segundo autoridades, líder do grupo representava a empresa BWA Tecnologia e Sistemas de Informática, que fabrica os ingressos
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Polícia Civil do Paraná
prendeu cinco suspeitos de integrar uma quadrilha que clonava ingressos de partidas do
Brasileiro, da Taça Libertadores e da seleção. Foram efetuadas três prisões em Curitiba e
duas no Rio no fim de semana.
Segundo a polícia, Jurimar
César Domakoski, 50, era o líder do grupo. Atuava como representante no Coritiba da empresa BWA Tecnologia e Sistemas de Informática, de São
Paulo. A BWA produz ingressos
com código de barra para clubes que disputam o Brasileiro.
Jurimar foi preso no sábado
com o filho Thiago Domakoski,
22, no estádio Couto Pereira,
na capital paranaense, antes da
partida entre Coritiba e Fluminense. Thiago trabalhava no setor de ingressos do Coritiba.
Anísio Vanderlei Cardoso,
22, também foi preso em Curitiba sob suspeita de enviar os
ingressos para impressão e distribuí-los para a venda. O dono
de uma gráfica em Curitiba está
sendo procurado por suspeita
de envolvimento no esquema.
O grupo chegou a utilizar
uma sala no próprio Couto Pereira para clonar ingressos, segundo investigações da polícia.
Na casa dos suspeitos em Curitiba, a polícia apreendeu cerca de 5.000 ingressos de jogos
do Flamengo, da semifinal da
Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors e da partida
das eliminatórias entre Brasil e
Argentina, realizada na semana
passada em Belo Horizonte.
No Rio, foram presos e transferidos para Curitiba Francisco
Polito Júnior, 35, e o irmão
Bruno César Polito, 30. Os dois
são apontados como compradores de ingressos clonados para partidas de Flamengo, Fluminense e para o confronto entre Brasil e Argentina.
Denúncia
As investigações começaram
há dois meses, após denúncia
da direção do Coritiba sobre
possível "derrame" de ingressos clonados no mercado. O
presidente do clube, Jair Cirino
dos Santos, disse ter estranhado a diferença entre o total de
bilhetes deixados nas catracas
por torcedores e a arrecadação.
O delegado Marcus Michelotto, chefe da investigação,
afirmou que a quadrilha tinha
facilidade em produzir ingressos válidos por conhecer as senhas dos códigos de barras que
autorizam a passagem pelas catracas dos estádios.
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