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bem-me-quer
Clássico exibe técnicos sob a mira de fogo amigo
No Santos, Cuca é contestado; no Palmeiras, conduta de Luxemburgo causa mal-estar
Jogo desta noite marca o
encontro dos treinadores
após saia justa criada por
telefonema de palmeirense
para o presidente santista
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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O meia chileno Valdivia, que não vem tendo atuações destacadas pelo Palmeiras neste Brasileiro, tem sua imagem refletida na sala de musculação do CT do clube
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO VIEL
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Palmeiras e Santos jogam hoje, às 20h30, com algo em comum em seus bancos. Com
currículos e temperamentos
distintos, Vanderlei Luxemburgo e Cuca alimentam seus
críticos, cada um à sua maneira.
O pentacampeão brasileiro
Luxemburgo não enfrenta resistência interna, ao contrário
de Cuca, que chegou a entregar
o cargo ao presidente Marcelo
Teixeira em meio à chuva de
críticas de dirigentes contrários à sua permanência na Vila.
Mas invariavelmente irrita
seus próprios aliados, principalmente quando entram em
pauta as supostas propostas recebidas de outras agremiações.
Após a derrota para o Sport,
no dia 8 de junho, o site Muda
Palmeiras, movimento formado pela situação do clube, criticou a postura do treinador, dizendo que suas declarações
"ambíguas" deixavam no ar a
possibilidade de um rompimento de contrato. Àquela altura, falava-se em interesses do
Lyon, da França, e da seleção
mexicana no treinador.
Atualmente, fora o problema
mais emergencial do Palmeiras
(os dez jogadores suspensos ou
contundidos que não estarão à
disposição para o clássico), o
técnico palmeirense também
tenta apagar um incêndio iniciado por ele na semana passada, quando, segundo relato seu,
ligou para o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, e aconselhou o dirigente a manter Cuca
no comando do rival.
Questionado sobre o assunto, Teixeira confirmou o telefonema, mas disse não se lembrar
do diálogo sobre a permanência de Cuca. Há no Santos quem
duvide que o pedido ocorreu.
A polêmica tivera início dias
antes, quando Luxemburgo se
irritou com as perguntas dos
jornalistas sobre os problemas
da equipe apresentados na derrota para o São Paulo e comparou a situação com a vivida na
Vila Belmiro. "Parece que estamos como o Santos", declarou.
Depois, pediu desculpas e afirmou que foi mal entendido.
Ontem, Luxemburgo alegou
uma indisposição para não falar com a imprensa, o que normalmente acontece em véspera de jogo. Seu assessor, Luiz
Lombardi, negou que o fato estivesse atrelado a Cuca.
Do lado santista, a fumaça
tem motivo mais palpável. Há
nove rodadas na zona do rebaixamento, Cuca tenta ganhar
sobrevida e convencer a diretoria de que não ter aceito seu pedido de demissão foi o correto.
Contestado por parte dos
conselheiros, o técnico ainda
luta para tentar dar corpo a um
time desprovido de estrelas.
Logo no início, foi questionado sobre a "terra arrasada" que
Leão, seu antecessor, dizia ter
encontrado após a saída de Luxemburgo, e respondeu: "A terra aqui é boa. Se plantar direito,
dá frutos". Nos últimos dias, no
entanto, o discurso do comandante santista mudou. "Não
imaginava que encontraria tantas dificuldades", tem dito.
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