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O PERSONAGEM
Lugano, 7 jogos como titular, já almeja seleção
DA REPORTAGEM LOCAL
Apenas sete jogos como titular do São Paulo bastaram para
o zagueiro Diego Lugano, 22,
reivindicar um lugar na seleção
uruguaia, que começa, no dia 7
de setembro, a buscar nas eliminatórias sul-americanas
uma vaga na Copa de 2006.
"É um sonho e uma meta minha. O futebol brasileiro dá
muito prestígio. Se eu fizer bem
as coisas aqui no São Paulo, como acho que estou fazendo,
chegarei à seleção", afirmou
ele, que mede 1,88 m.
Contratado em abril sem o
aval de Oswaldo de Oliveira,
treinador são-paulino na época, Lugano teve de suportar as
pressões por ter sido indicado
pelo presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa.
A decisão do dirigente, que
passou por cima do técnico
-Oliveira nunca ouvira falar
do defensor, que era reserva do
Nacional uruguaio-, provocou muitas críticas da oposição
no clube. Lugano deu de ombros para a crise política que
sua chegada desatou.
"Não conheço a oposição, e
isso não me interessa. Do São
Paulo, conheço meus companheiros, a concentração e a cozinha do clube. Não quero falar
sobre isso", desconversou.
Com Rojas no comando, a situação mudou. Antes nem relacionado para o banco de reservas, o zagueiro passou a ser
aproveitado aos poucos e, há
quatro jogos, desfruta a condição de titular absoluto.
Sentimento de latinidade de
Rojas? Pelas palavras do chileno, não. Puro mérito. "Eu quero que o Lugano sirva de exemplo. Ele estava desacreditado e
hoje está aí, como titular", disse
o treinador são-paulino.
Sorridente, o uruguaio diz
que ainda está em fase de adaptação. Apesar de considerar
que "o futebol é igual em todos
os países", admite que os atacantes brasileiros lhe dão mais
trabalho do que aqueles que estava acostumado a enfrentar
em Montevidéu.
"Não sei se são melhores ou
piores [que os uruguaios], mas
diferentes. Aqui a bola chega
bem melhor aos atacantes. No
Uruguai, tem mais briga, mais
posicionamento."
A confiança de Lugano está
extrapolando os limites do
campo. Sexta-feira, após conversar com os jornalistas num
portunhol bem arrastado, indagou: "Vocês me entenderam
bem melhor hoje, não?".
(AD)
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