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AUTOMOBILISMO
Piloto larga em primeiro em casa pelo segundo ano seguido
"Sereno", Barrichello sai na
pole e distante do campeão
FÁBIO SEIXAS
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
"Serenidade, amadurecimento." Foi essa a tônica do discurso
do pole position para o GP Brasil.
Repetindo o roteiro do sábado
de Interlagos do ano passado, Rubens Barrichello, 32, levantou a
torcida em Interlagos. Conquistou a segunda pole consecutiva na
corrida de casa, a quarta na temporada, a 13ª da carreira.
Tudo o que ele não quer é que o
roteiro do domingo também seja
parecido. Em 2003, Barrichello
abandonou com uma pane seca,
falta de gasolina no tanque de sua
Ferrari. Hoje, persegue a primeira
vitória diante de seu público, a
primeira de um brasileiro no circuito desde 1993 -na ocasião,
com Ayrton Senna e McLaren.
"Na hora que acabou as minhas
pernas estavam bambas, mas vou
continuar com serenidade. Só ganhei a primeira parte. Venci a primeira batalha mas tem muito ainda para vencer", disse, aos gritos
de "Rubinho, Rubinho" dos fãs.
"Quando eu cruzei a linha, já
percebi que era o primeiro. Mas
repito, vou manter a serenidade.
Hoje sou um piloto mais maduro
e sei o quanto isso é importante."
Coincidência ou não, mesmo se
ele não estivesse sereno ontem, ficaria a partir da segunda sessão de
treinos livres, pela manhã.
Quatro vezes vencedor em Interlagos, heptacampeão mundial
e há duas semanas prometendo
fechar a temporada com mais um
triunfo, Michael Schumacher errou na curva do Laranjinha, rodou, bateu e teve que usar o carro
reserva na pré-classificação.
Punido pela troca de motor,
perdeu dez posições no grid de
largada em relação ao que conseguiria no treino oficial. Sem a
sombra do companheiro, Rubens
Barrichello fez o melhor tempo,
1min09s822 na sessão anterior ao
treino oficial, mais uma vez quebrando o recorde da pista.
No treino classificatório, repetiu
o desempenho, cravou
1min10s646 e tornou-se o primeiro brasileiro a conquistar poles seguidas no Brasil desde Ayrton
Senna, em 1990 e 1991.
"Estou em casa. Além de minha
família toda estar aqui, também
considero essa torcida como parte da minha família, como minha
casa", disse Barrichello.
A última vitória de um brasileiro em Interlagos foi em 1993, também com Senna. De lá para cá, o
melhor resultado que um piloto
local conseguiu foi o quarto lugar
de Barrichello em 1994, última vez
que o país chegou na zona de
pontuação em São Paulo.
Ao lado de Barrichello, no grid,
outro sul-americano. Juan Pablo
Montoya, da Williams, que prometeu dificultar a vida do brasileiro na largada. "O Rubens é meu
amigo, imagino a felicidade que
ele está sentindo aqui, mas minha
torcida também veio. E vou querer vencer, claro", disse ele, que ficou a 0s204 do brasileiro.
O finlandês Kimi Raikkonen, da
McLaren, ficou a 0s246 do ferrarista e larga em terceiro.
NA TV - GP Brasil de F-1,
Globo, ao vivo, às 14h
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