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FUTEBOL
Parreira e seus comandados vangloriam Atlético, rival do 1º mata-mata
Humilde, Corinthians diz que empate em MG satisfaz
MARÍLIA RUIZ
ENVIADA ESPECIAL A JARINU
O Corinthians se satisfaz hoje
com um empate em Belo Horizonte com o Atlético-MG, no primeiro jogo da série pelas quartas-de-final do Brasileiro. Palavra de
Carlos Alberto Parreira e da
maioria dos atletas, que acreditam que o confronto com o rival
será o mais equilibrado desta fase.
"Um ponto lá nos deixa próximos da vaga", disse o técnico da
equipe, que, terceira colocada na
fase de classificação, tem a vantagem de jogar pela igualdade no
saldo de gols nas duas partidas.
"Já ganhamos deles lá este ano,
mas eram outras circunstâncias
[na estréia do campeonato, por 2
a 1]. Sabemos do potencial deles e
vamos lá para não perder", afirmou o meia Renato.
"Um empate lá [em Belo Horizonte" não será mal resultado de
jeito nenhum. O Atlético é um adversário poderosíssimo", declarou o atacante Guilherme.
O receio corintiano não casa
com o desempenho da equipe até
aqui. O Corinthians foi melhor
nos jogos fora de casa do que naqueles em que jogou no Pacaembu durante a fase de classificação.
O time do Parque São Jorge
conquistou 58,3% dos pontos que
disputou na casa dos rivais, a segunda melhor média do torneio,
enquanto que em São Paulo a
porcentagem de pontos ganhos
foi de 56,4% -18ª marca, uma
acima do Palmeiras, 53,8%.
"O rendimento da equipe foi
equilibrado. Perdemos pontos
bobos no Pacaembu", analisou o
zagueiro Fábio Luciano.
O bom rendimento do Corinthians fora de seus domínios também não impressiona o técnico.
"Queremos ganhar, isso é lógico. Mas não podemos nos desesperar caso tomemos um gol lá.
Sabemos que, no final dos 180 minutos, o empate nos favorece. Temos essa vantagem. O empate seria um grande resultado", reafirmou Parreira, que nada mudará
em sua equipe para pegar o tão
elogiado Atlético.
O 4-3-3 será mantido, apesar do
3-5-2 do técnico Geninho. Como
normalmente faz, Parreira minimizou a desvantagem numérica
no meio-campo e afirmou:
"Quem quiser que venha nos tomar a bola. Não mudamos o jeito
de jogar por causa dos outros times. Impomos o nosso ritmo".
Mas o "desprezo" do corintiano
não encontrou eco nos seus subordinados. Os jogadores chegaram a se desentender no coletivo
de anteontem, que simulou a partida de hoje, por causa do péssimo desempenho: os reservas, que
atuaram no 3-5-2, levavam grande vantagem sobre os titulares.
"Foi um bom exercício para sabermos bem a pressão que vamos
sentir no Mineirão", disse o zagueiro Anderson.
O lateral Rogério criticou o velado pessimismo corintiano.
"Também não podemos abaixar
a cabeça. Temos que jogar."
O poderio corintiano foi sobrevalorizado por Geninho, que não
acredita na versão pessimista dos
paulistas. O técnico do Atlético
disse que o Corinthians é o favorito do confronto e torce para que
a sua equipe ganhe hoje, mesmo
que por pouca diferença.
"Não podemos ser gananciosos.
Eles têm um time fantástico. Nosso objetivo é apenas vencer, para
forçá-los a sair para o jogo da
quarta-feira", disse Geninho.
O técnico também espera que
os problemas com as contusões
estejam solucionados para a segunda partida do mata-mata.
Dois zagueiros titulares desfalcarão o Atlético hoje e são as
preocupações do técnico: Nem e
Batata, ambos lesionados, não
têm data para retornar ao time,
segundo o departamento médico.
Além disso, três reservas não
estarão à disposição de Geninho
para o jogo no Mineirão -o zagueiro Paulão e o volante Genalvo, suspensos, e o zagueiro Edgar,
que se recupera de contusão.
Com a Agência Folha, em Belo Horizonte
NA TV - Globo (menos
para MG), ao vivo, às 16h
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