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BASQUETE
CBB sonda Miguel Angelo, ouro no Mundial de 94
Treinador do Fla diz que integrará supercomissão da seleção em 2003
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico Miguel Angelo da
Luz, do Flamengo, pode ser a primeira novidade da comissão técnica da seleção masculina de basquete para o ano que vem.
O presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, teve uma
conversa inicial com o treinador
na última terça-feira, no Rio.
"O Grego me falou que vai ter
algum trabalho para mim. A idéia
é fazer uma comissão de cinco
treinadores na seleção brasileira",
afirmou Miguel Angelo, que não
vê problema em trabalhar com o
atual técnico do Brasil, Hélio Rubens. "Quero ser útil de alguma
forma", afirmou ele.
No Mundial de Indianápolis,
encerrado em setembro, Hélio
Rubens contou com Aluísio Ferreira, o Lula, do COC/Ribeirão
Preto, e Flávio Davis, do Universo-Minas, como auxiliares.
A equipe mostrou irregularidade durante a competição, obteve
quatro vitórias e cinco derrotas e
acabou na oitava colocação.
O convite a Miguel Angelo, se
efetivado, não foi feito por sugestão do atual treinador da seleção.
"Não falei de nenhum nome para o Grego. Ainda não tive uma
reunião com ele para avaliarmos a
participação brasileira no Mundial. Mas não vejo problema em
trabalhar com o Miguel", contou
Hélio Rubens, que dirige o Vasco.
O próprio treinador não sabe se
continuará na seleção. O presidente da CBB já disse que só definirá o técnico da equipe em 2003.
Postulante ao cargo, Miguel Angelo critica o atual esquema do
Brasil. "Acho que o time está esquecendo um pouco nossas características. Não podemos coibir
o estilo ofensivo do Marcelinho",
disse ele, referindo-se ao ala-armador, cestinha do Brasil no
Mundial -média de 20,9 pontos.
Miguel Angelo não é propriamente um profissional que esteja
entrosado com o grupo que dirige
a seleção. "Converso muito pouco
com o Hélio Rubens. Da atual comissão técnica me relaciono melhor com o Lula. Mas não discuto
tática com nenhum deles.".
As credenciais do treinador
vêm do trabalho feito na seleção
feminina: foi campeão mundial
em 1994, na Austrália, e prata nos
Jogos de Atlanta, em 1996.
Seja quem for efetivado no cargo, o treinador terá uma tarefa espinhosa no ano que vem: classificar o Brasil para Atenas-2004.
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