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FUTEBOL
Time, que nunca perdeu para o Paysandu, ajusta defesa e prepara variação tática para se reabilitar no Brasileiro
Em casa, Corinthians vê rival sob medida
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para um time em crise e sem
confiança, nada melhor do que
um freguês histórico para dar a
volta por cima. E o Corinthians
tem pela frente hoje, às 16h, no estádio do Pacaembu, um time a caráter para buscar a reabilitação no
Brasileiro: o Paysandu.
Nos 12 confrontos diretos entre
os dois times, o Corinthians está
invicto: sete vitórias e cinco empates. Nos duelos em Brasileiros,
a história se repete: seis vitórias
corintianas e três empates.
Para melhorar ainda mais o panorama, o técnico Artur Neto, do
Paysandu, já enfrenta críticas ao
seu trabalho por mudar a estrutura do time paraense, depois de
iniciar o Brasileiro com um empate em casa diante do Fluminense.
Já Oswaldo de Oliveira tenta ser
mais pragmático, esquiva-se dos
números e minimiza a situação
do rival. "Vamos jogar em casa,
diante de nossa torcida, e temos
que ter confiança para mostrar o
nosso futebol e buscar a vitória",
afirmou o treinador corintiano.
Dispostos a fazer o Paysandu
pagar a conta da derrota de 3 a 2
para a Ponte Preta, na estréia, o
zagueiro Váldson disse que não
tem oportunidade melhor para o
Corinthians dar a volta por cima.
"Vamos jogar em São Paulo,
diante da nossa torcida, e num estádio que é conhecido como a casa do Corinthians. O time está
evoluindo, e vamos mostrar isso
em campo", afirmou o zagueiro.
Os jogadores acreditam que o
fato de o time ter um bom retrospecto diante do adversário acaba
ajudando psicologicamente.
O meia Renato, que vai jogar
improvisado na lateral, atuou na
goleada sobre o Paysandu por 6 a
1 em pleno Pacaembu no ano passado -em Belém houve empate
(2 a 2)- e disse que o Corinthians
precisa recuperar o entusiasmo.
"A fase era boa. A gente chutava, e
a bola entrava. Mas agora temos
que correr dobrado para buscar a
vitória e voltar aos bons tempos."
Mas, apesar da confiança, o técnico corintiano perdeu tempo para corrigir um erro que foi determinante para o mau começo da
equipe no torneio: as jogadas de
bola parada. "Falei com os jogadores e adverti, de forma educada, sobre o posicionamento. Não
podemos repetir os erros da derrota para a Ponte Preta", afirmou.
No novo posicionamento, o
treinador corintiano elegeu seus
homens de confiança: Ânderson,
Váldson, Rincón e Fabinho.
"Conversamos e vimos o que
estava errado. Agora é entrar e desenvolver o nosso jogo com serenidade", disse Oliveira.
O elemento surpresa vai ser a
outra arma do Corinthians contra
o rival. Segundo Oliveira, o tradicional 4-4-2 pode se transformar
num 3-5-2 de acordo com o desempenho do Paysandu.
"Será uma variável do esquema
que pode mudar e, depois, voltar
ao 4-4-2. Isso vai ser resolvido
dentro de campo conforme o andamento da partida."
No treinamento, o volante Rincón era a opção de saída de bola e
se posicionava entre os dois zagueiros para distribuir o jogo. Outro cuidado era com a cobertura
do meia Renato.
Já o Paysandu entra em campo
para administrar as cobranças pelo empate em Belém. A palavra de
comando do treinador Artur Neto é tranqüilizar a sua equipe para
suportar a pressão do Corinthians
no estádio do Pacaembu.
Colaborou a Agência Folha
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