|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
De fora, Felipe aumenta a "maldição" da camisa 1
Goleiro, que só deve voltar contra São Caetano, é o 11º a ser usado desde 2002
Com Júlio César no gol, Corinthians tentará hoje,
contra Bragantino, a sétima vitória na Série B, após ouvir
protesto de seus torcedores
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians, que em sua
história exibiu goleiros como o
lendário Gilmar (bicampeão
mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962), Carlos, Ronaldo e Dida, nunca sofreu tanto por causa de um camisa 1 como nos últimos seis anos.
Desde 2002, quando Dida
deixou o Parque São Jorge rumo ao Milan, o clube, que hoje,
às 21h50, tenta retomar o rumo
das vitórias na Série B, diante
do Bragantino, em Ribeirão
Preto, não consegue firmar um
titular absoluto na equipe.
Apostava em Felipe, que se
tornou ídolo na vergonhosa
campanha do rebaixamento no
ano passado, mas o arqueiro
botou tudo a perder ao falhar
contra o Sport na final da Copa
do Brasil. Desde então, não foi
relacionado para as partidas.
A decisão do técnico Mano
Menezes, com o respaldo da diretoria, foi justificada com a
alegação de que falta empenho
do goleiro nos treinamentos.
O fato é que Felipe dificilmente voltará a vestir a camisa
do clube, que espera negociá-lo.
Ele é a 11ª vítima da "maldição"
que se abateu sobre os arqueiros corintianos. Antes dele, outros dez foram titulares, o que
dá uma média de quase dois goleiros utilizados a cada ano.
O drama de Felipe, que afirmou que só deixará o clube se a
diretoria quiser, acentuou-se
ontem. Um grupo de 16 torcedores da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube alvinegro, chamou o goleiro
de "pipoqueiro". Alguns conselheiros corintianos acreditam
que o protesto tem o dedo da
diretoria, que quer forçar a saída do jogador do clube.
A manifestação foi estendida
também ao zagueiro Fábio Ferreira, chamado de "cachaceiro"
e ao meia-atacante Lulinha.
Ontem, o técnico Mano Menezes disse que Felipe só deverá retornar contra o São Caetano; mesmo assim, no banco. E
criticou o protesto. "Eu acho
que não ajuda trabalhar com alguém falando coisas ruins de
você. Mas o Corinthians é assim mesmo. Eu me preparei para conviver com isso."
Agora titular, Júlio César
também já passou maus bocados no clube. Em 2005, teve
chance de ser titular após o
afastamento de Fábio Costa,
que depois retornou à meta.
Logo depois da saída de Dida,
Doni virou titular. Saiu pela
porta dos fundos, assim como
Rubinho, Jonatas, Tiago, Marcelo, Johnny Herrera, Silvio
Luiz e Jean. "Foi complicado o
período de 2005 até agora. Não
é fácil treinar a semana inteira
como quarto goleiro e não ter
perspectiva de entrar", disse, ao
diário "Lance!", Júlio César,
que usará a camisa 22. "Tem
me dado sorte", afirmou.
A partida de hoje seria disputada inicialmente no sábado,
mas foi antecipada a pedido da
TV Globo, que a transmitirá para o Estado de São Paulo.
NA TV - Bragantino x Corinthians
Globo (para SP), ao vivo, às 21h50
Texto Anterior: Santista Rodrigo Souto é pego no antidoping Próximo Texto: Plano B: Prefeitura diz que só cede o Pacaembu com projeto de R$ 200 mi Índice
|